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Agropecuária: Deputados da ALEMS debatem a base da economia do Estado

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Mola propulsora da Economia de Mato Grosso do Sul, a agropecuária dominou o debate entre os parlamentares. Na tribuna, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (7) o deputado Junior Mochi (MDB) demonstrou sua preocupação com a atividade econômica em 2024. “A base da nossa atividade econômica é a agropecuária, e as estimativas são de uma queda de no mínimo 15% na produção, o que significa para o Estado, a perda de algo em torno de R$ 3 bilhões, devido à queda e diferença do preço da saca. Esse valor deixa de circular na economia estadual, são números reais, também considerando nossas safras e rebanhos, e a arrecadação de tributos”, disse.

“Se considerarmos o número de cabeças de gados abatidas, serão mais de R$5 milhões retirados de circulação, um dinheiro que gera emprego e renda para a população sul-mato-grossense.Os senhores verão esse ano um número recorde de pedidos de recuperação judicial. A base de nosso Estado é o setor primário, o setor primário indo mal, toda a economia vai mal”, explicou o deputado Junior Mochi.

Junior Mochi destacou ainda que haverão muitos desafios para o Estado enfrentar em 2024. “Será um ano muito difícil, de desafios. A grande expansão do agronegócio se deu por conta do processo de arrendamento. E isso estimulou muitos a ingressarem nas propriedades, eles estão passando por uma dificuldade maior ainda. O clima quente resultou em uma baixa produtividade, um problema emergencial, teremos o resultado disso em 30 a 40 dias. Quando há ganho na economia primária, o progresso acontece e todos ganham com isso”, concluiu.

O deputado Zé Teixeira (PSDB) considera também gravíssimo o problema do arrendamento. “Os campos em torno dos municípios de Campo Grande, Jaraguari, e Bandeirantes, tem 90% de soja plantada, e quem faz o plantio não são os proprietários, são os arrendatários. Com o valor da saca diminuído, não vão conseguir pagar a renda. E isso também está acontecendo na região de Caarapó, Sidrolandia e Maracaju. Todos ficarão excluídos do setor de produção”, alertou.

O deputado Coronel David (PL) concorda com a preocupação do orador na tribuna.“Estamos dizendo há muito tempo sobre a dificuldade do agronegócio em Mato Grosso do Sul, principalmente a pecuária, e que causará certamente enormes prejuízos à população, isso demonstra que o Governo Federal virou as costas para o agronegócio, um componente decisivo para o Produto Interno Bruto [PIB], e isso prejudicará o povo”, analisou o parlamentar.

Para o deputado Zeca do PT, a economia está crescendo, e continuará. “Leio as informações sobre diminuição da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia [Selic], que trará o crescimento da economia. A tendência é essa, a inflação real menor que a meta, e a avaliação das instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID] que interpretam números econômicos dizendo que o Brasil superará os números de antes”, destaca.

O deputado e presidente da ALEMS, Gerson Claro (PP) também é otimista em relação ao crescimento e desenvolvimento da economia sul-mato-grossense. “O governador Eduardo Riedel [PSDB] e os empresários que investem aqui são otimistas. Sexta-feira, a Inpasa inaugura mais uma unidade no Estado, e cada tonelada de milho que fica aqui, gera recurso e empregos e renda. Quero continuar otimista em relação aos números que vem crescendo exponencionalmente, e serão ainda mais expressivos em 2024”, considerou.

 

Por: Christiane Mesquita    Foto: Luciana Nassar/Wagner Guimarães

al.ms.gov.br

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