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Aos filhos da terra e a quem adotou MS como lar, programas sociais transformam vidas diariamente

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Em Mato Grosso do Sul, um estado marcado por fortes laços com migrantes de várias partes do Brasil e do mundo, os programas sociais acolhem tanto aqueles que chegam em momentos difíceis quanto os que já vivem aqui e necessitam de apoio. O Mais Social é um desses programas. Com um benefício mensal de R$ 450, ele permite que famílias inteiras garantam alimento na mesa enquanto traçam novos horizontes e oportunidades em nosso estado.

Ana Meire Rauhut e Ana Patrícia da Silva Barros, moradoras de Jardim, compartilharam como esse auxílio se tornou uma peça fundamental no dia a dia de suas famílias. Assim como elas, mais de 48 mil famílias em MS contam com o Mais Social todos os dias.

Com 44 anos, Ana Meire Rauhut, mora em Jardim há aproximadamente 15 anos e se emociona ao contar como foi beneficiada pelo programa. “Quando a coordenadora pelo programa na cidade me avisou que eu havia sido sorteada, eu pulei de alegria”, conta ela. Antes de receber o Mais Social, Ana Meire vivia de bicos e pescaria, preparando peixes para alimentar seus filhos. “Pegava umas quatro ou cinco corimbas no Rio Miranda, limpava e fazia para as crianças. Carne é cara, então era o que a gente conseguia comer”, explica.

O programa não apenas garantiu a ela uma alimentação mais variada, como também trouxe estabilidade. “Esse Mais Social foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Hoje, consigo comprar arroz, feijão, mistura para as crianças, e até umas bolachinhas”, diz ela, com um sorriso no rosto. Ela conta que, quando vê o crédito de R$ 450 disponível, corre ao mercado, buscando sempre as promoções para esticar o valor o máximo possível. “A gente pesquisa, compra picadinho aqui, picadinho ali.”

Ana Patrícia da Silva Barros, de 42 anos, outra moradora de Jardim, também compartilhou sua história. Ela vive com o marido e dois filhos, uma jovem de 20 anos e um adolescente de 16. Natural do estado do Maranhão e atualmente desempregada, ela depende do programa Mais Social para sustentar sua família. “Eu só tenho a agradecer a Deus e ao governo. Sem o Mais Social, a gente estaria passando por necessidade. Meu marido só faz bicos, e é pouco o que ele ganha”, conta.

Patrícia explica que o benefício chega em um momento crucial para sua família, quando os mantimentos começam a acabar. “Quando o crédito cai, a primeira coisa que faço é comprar o básico: arroz, feijão, carne, frutas, verduras e produtos de higiene. O benefício chega sempre na hora certa”, afirma.

Além de cobrir os custos alimentares, o programa também ajuda em outras necessidades básicas, como a compra de gás de cozinha. “Já precisei comprar gás com o dinheiro do Mais Social. Sem ele, seria difícil cozinhar para minha família”, desabafa. Patrícia destaca a importância de pesquisar preços e comprar em mercados que ofereçam promoções, esticando o benefício o máximo possível.

Com o recadastramento em andamento, Patrícia demonstra gratidão e faz questão de seguir as exigências do programa, como manter as vacinas e exames preventivos em dia e garantir a presença dos filhos na escola. “O programa não só coloca comida na mesa, mas também garante que a gente cuide da nossa saúde e da educação dos nossos filhos”, afirma.

Ambas as moradoras veem o Mais Social como um apoio essencial em suas vidas e nas de muitas outras famílias de Jardim. Para Ana Meire e Patrícia, o programa é muito mais do que um simples auxílio financeiro. “É uma benção”, resumem. O Mais Social não só ajuda a combater a fome, mas também contribui para uma melhoria na qualidade de vida das famílias mais vulneráveis. O programa traz dignidade, esperança e um sentimento de gratidão por parte dos beneficiários, que veem nele uma verdadeira mão amiga em tempos difíceis.

Ana Patrícia e sua família contam com o acompanhamento da equipe do Mais Social em Jardim

Os programas “Energia Social: Conta de Luz Zero”, “MS Supera” e “Cuidar de Quem Cuida” são também são iniciativas do governo de Mato Grosso do Sul, executadas via Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) voltadas para famílias em vulnerabilidade social e completam uma gama de atendimento à população.

O Energia Social isenta famílias de baixa renda do pagamento da conta de luz, aliviando o orçamento doméstico. O MS Supera é um programa de apoio para que o estudante conclua seus estudos. Já o Cuidar de Quem Cuida oferece benefício financeiro a cuidadores de pessoas com deficiência grau II ou III.

No site da Sead (www.sead.ms.gov.br) é possível saber mais sobre todos os programas sociais executados pela pasta.

Leomar Alves Rosa, Comunicação Sead
Fotos: Monique Alves

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