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Arauco aguarda Licença de Instalação para iniciar obras de terraplanagem

O início dos serviços de terraplanagem da área onde a nova fábrica será instalada está previsto para junho deste ano

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Após a Arauco obter a licença prévia para o Projeto Sucuriú, que atesta a viabilidade ambiental e estabelece diretrizes para as próximas fases do licenciamento para construir a primeira fábrica de celulose branqueada da empresa no Brasil, a companhia aguarda a licença de instalação.

Conforme Theófilo Militão, gerente de Relações Institucionais e ESG da Arauco, em entrevista ao Jornal do Povo, a empresa espera receber a nova licença até o próximo mês de abril. O início dos serviços de terraplanagem da área onde a nova fábrica será instalada está previsto para junho deste ano. Contudo, as obras de construção têm início previsto somente para 2025 e o start-up do empreendimento em 2028.

O novo projeto terá capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada por ano e receberá investimentos de aproximadamente R$ 15 bilhões.

ARAUCO INICIA CONTRATAÇÕES

Embora as obras não tenham iniciado, a companhia já começou a contratação de trabalhadores para a operação florestal, iniciada há alguns anos. Cerca de 1.300 trabalhadores foram contratados, bem como aproximadamente 200 fornecedores regionais.

“Todas as vagas oferecidas neste momento são para a operação florestal, pois só depois de recebermos a licença de instalação é que podemos contratar para a construção civil”, destacou o gerente.

Atualmente a Arauco tem uma base florestal plantada de aproximadamente de 100 mil hectares. Segundo Militão, a planta vai demandar 300 mil hectares de florestas plantadas. “Já temos uma área importante plantada e um plantio bastante agressivo para os próximos três anos, o que deve nos permitir, quando termos a planta operando, ter essa base total plantada, necessária para a operação da planta”, informou.

O maior plantio de eucalipto da Arauco, atualmente, se concentra nos municípios de Inocência e Água Clara, mas Três Lagoas, Cassilândia, entre outros também têm áreas plantadas.

VALE DA CELULOSE E EXPANSÃO

Para Theófilo Militão, o número de indústrias de celulose em operação e outras previstas em Mato Grosso do Sul – que geraram o apelido de “Vale da Celulose” para a região – não geram preocupações. “Se a gente pegar o mapa do estado e olhar essas plantas, às áreas delas não se sobrepõem. Esse não é um ponto de preocupação do nosso projeto”, ressaltou.

O executivo ainda reforçou que a Arauco já prevê a instalação da segunda linha de celulose, que faz parte do projeto de expansão da fábrica, anunciando antes mesmo de entrar em operação – ou sequer iniciar as obras. As duas unidades terão capacidade para produzir cinco milhões de toneladas de celulose por ano.

 

Portal Celulose

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