Na última semana, a Arauco apresentou seu balanço anual de ações e perspectivas para 2024 em Campo Grande (MS), incluindo as estimativas para o Projeto Sucuriú, sua primeira fábrica de celulose a ser instalada no Brasil. De acordo com a multinacional chilena, 2023 foi um ano de avanços importantes para a nova unidade a ser construída em Inocência (MS).
Segundo Carlos Altimiras, CEO da Arauco Brasil, a escolha da localização da unidade foi feita por meio de muitas consultorias. “Foram muitos fatores, como a localização e distâncias, a logística de transporte e o solo. Encontramos em MS a melhor alternativa, tanto para a primeira linha como a longo prazo”, comentou o executivo.
O CEO destacou, ainda, que o Brasil possui vantagens climáticas e geográficas ante o Chile, porém, por se tratar de uma empresa estrangeira, não poderá adquirir terras no país.
Assim, a Arauco deve buscar áreas alugadas ou mediante usufruto para produção de celulose – com estimativa de precisar de 400 mil hectares de florestas de eucalipto. No entanto, o executivo informou que já estão assegurados 280 mil hectares e a previsão é chegar a 320 mil durante 2024. A companhia já tem cultivado florestas em Mato Grosso do Sul, com cerca de 80 mil hectares plantados e estimativa de somar outros 60 mil hectares no próximo ano.
O gerente de Relações Institucionais e ESG da Arauco, Theófilo Militão, por sua vez, ressaltou as iniciativas da companhia em realizar capacitações educacionais e profissionalizantes, eventos, oficinas de educação ambiental e formação de professores ao longo do ano a fim de desenvolver a comunidade local.
Além disso, a diretoria e a equipe técnica da empresa têm se reunido com autoridades de Inocência e do governo de Mato Grosso do Sul, bem como entidades como o Sistema S (formado por Sebrae, Sesi, Senac, Senai e Senar, Fiems) e lideranças da região para planejamentos envolvendo a logística e infraestrutura do município.
As obras da nova fábrica devem começar em 2025, com previsão de entrar em operação em 2028, estimando produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano e somando investimentos de US$ 3 bilhões – ou R$ 28,5 bilhões, sendo um dos maiores do Brasil. A empresa ainda está na fase de licenciamento.