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Arauco lança Programa de Qualificação de Fornecedores em parceria com o IEL no MS

O programa tem foco na cadeia produtiva do mercado florestal e irá contemplar os municípios de Inocência, Paranaíba, Três Lagoas, Aparecida do Taboado e Água Clara

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Com foco no desenvolvimento sustentável de Inocência, no Mato Grosso do Sul e região, a Arauco, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), lançou o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF). A iniciativa tem o objetivo fomentar e desenvolver o comércio local voltado às demandas atuais da empresa, na área florestal.

De acordo com Mário Neto, diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios da Arauco, o programa foi criado para impulsionar o desenvolvimento qualificado da cadeia produtiva e atender demandas atuais da empresa por meio de incentivo à interação entre empresas de médio e grande porte, bem como seus fornecedores.

“Em um mercado dinâmico como o florestal, o fornecedor desempenha um papel muito importante. Assim, quanto maior o preparo técnico e a qualificação da cadeia produtiva para atender às demandas atuais, mais alinhadas tornam-se as operações da empresa e de seus parceiros, o que faz com que ambas as partes ganhem em termos de crescimento e competitividade. É justamente isso o que queremos impulsionar em Inocência e região: o desenvolvimento de uma cadeia fornecedora qualificada, responsável e comprometida com valores sólidos e visão de longo prazo”, declarou o executivo.

A primeira etapa do programa foi iniciada em Inocência na última semana e depois seguiu para Paranaíba. Em breve, o programa também irá contemplar as cidades de Três Lagoas, Aparecida do Taboado e Água Clara (MS).

A proposta é que o Programe de Qualificação prepare as empresas locais para atender desde os requisitos básicos até normas exigidas para negociações técnicas. No conteúdo programático do curso – totalmente gratuito – consta ainda tópicos sobre áreas de gestão, como estratégia, setor comercial, financeiro, qualidade, saúde e segurança no trabalho, produção, inovação, responsabilidade social e ambiental.

Foto: Divulgação

Segundo José Fernando Gomes do Amaral, superintendente do IEL em Mato Grosso do Sul, a primeira etapa consiste na realização de um seminário de apresentação, que representa o marco zero do programa. O seminário faz parte da metodologia desenvolvida pelo IEL para que as empresas assimilem com mais facilidade os temas que serão tratados ao longo da capacitação.

“A ideia deste programa é valorizar as empresas como elos importantes da cadeia de fornecimento, trazendo conteúdos fundamentais sobre a implementação e gestão de um sistema de qualidade. O IEL tem o papel de coordenador executivo do programa, atuando desde sua modelagem até as iniciativas de capacitações, consultorias e acompanhamento”, explicou Amaral.

Os representantes de qualquer empresa que forneça materiais ou serviços que atendam às demandas atuais da empresa podem participar do Programa de Qualificação de Fornecedores, sobretudo as que atuam no setor florestal e buscam desenvolver e expandir seus negócios, ainda que não estejam sediadas nas cidades contempladas pelo programa.

A participação no curso, no entanto, não garante a contratação pela Arauco, mas ao fim do programa os participantes poderão participar de processos concorrenciais da empresa e de outras empresas da região e do país.

“Nosso negócio crescerá exponencialmente e precisamos de parceiros aptos a fornecer. Além disso, a participação no programa credencia este fornecedor para outros mercados, expandindo assim o seu leque de possibilidades e as chances de desenvolvimento sustentável”, destacou Mário Neto.

A iniciativa é parte de um programa de médio e longo prazo que a Arauco deve realizar na região, com foco no desenvolvimento e priorização de fornecedores, bem como o de mão de obra local.

A instalação da fábrica de celulose da Arauco prevê investimentos de US$ 3 bilhões – equivalente a R$ 14,4 bilhões – em Inocência (MS) e região, com o início das obras previsto para 2025.

O empreendimento deve contar com 12 mil trabalhadores no pico da construção, com término previsto para o primeiro trimestre de 2028. Quando entrar em operação, a fábrica da Arauco deve gerar 2.350 empregos permanentes, dos quais 550 na planta industrial, entre diretos e indiretos, e mais 1.800 na área florestal.

 

Gabriela Matias

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