No estado de Mato Grosso do Sul, a fila para transplante de fígado apresentou um crescimento significativo, passando de 60 pessoas em dezembro de 2023 para 80 pessoas em abril de 2024. Esse aumento na demanda por transplantes evidencia a necessidade urgente de ampliação da capacidade de realização desse procedimento no estado.
O Hospital Adventista do Pênfigo, em Campo Grande, obteve, após cinco anos de espera, o credenciamento no Ministério da Saúde em dezembro de 2023 para realizar transplantes de fígado, pela primeira vez no estado.
No dia 17 abril de 2024, o hospital recebeu a habilitação para realizar o procedimento, graças a uma emenda de R$ 1 milhão do deputado federal Beto Pereira (PSDB), o hospital pôde adquirir equipamentos essenciais, como mesa cirúrgica, instrumental, kit para retirada de órgãos, monitor de débito cardíaco, ultrassom portátil, monitor multiparamétrico, camas cirúrgicas e aspirador de sangue.
Investimentos que ajudaram a melhorar as condições do centro cirúrgico, garantindo mais segurança aos pacientes e reduzindo em 15% os riscos de infecções. Além disso, o hospital criou uma ala específica com sala de procedimento e consultórios destinados aos transplantados, proporcionando um ambiente especializado para o pré e pós-operatório dos pacientes.
Beto esteve visitando na manhã desta sexta-feira (26/04) o Hospital do Pênfigo e conversando com os pacientes. O médico-cirurgião Gustavo Rapassi é o responsável pela habilitação do hospital para transplante de fígado. Beto conheceu Gustavo por meio de um paciente que vivia à espera por transplante de fígado e rins e precisou realizar em Sorocaba, interior de São Paulo.
A possibilidade de Mato Grosso do Sul de realizar transplante diminuiria a angústia dos pacientes, pois hoje todo o procedimento é feito em Sorocaba, interior de São Paulo. Os pacientes são obrigados a entrar na fila de espera em outro estado.
Outro problema é que nem sempre os pacientes conseguem passagens de ônibus para deslocamentos entre as cidades, ter condições de custear suas despesas e as do acompanhante, e ainda enfrentar a demora do poder público para custear as viagens.
O Hospital aguarda ansiosamente pelo convênio com a prefeitura para poder iniciar os primeiros transplantes. Beto diz que a demora deixa de ‘salvar vidas’.
“Tenho acompanhado de perto o drama dos pacientes que precisam de transplantes. É importante destacar o trabalho de excelência feito pelo SUS no interior de São Paulo, que pode ser perfeitamente copiado por Campo Grande. Mas existe um trauma que muitos passam nas viagens ao chegar no hospital e o órgão não ser compatível. O paciente já viaja debilitado e volta mais frustrado”, revela Beto.
Entre as viagens, uma paciente de 17 anos, chegou a óbito durante o trajeto, o que acendeu alerta para a agilidade do processo. O médico-cirurgião Gustavo Rapassi diz que espera até junho para a realização do convênio. Mato Grosso do Sul nos últimos 10 anos já realizou 3.989 transplantes.
“No território de Mato Grosso do Sul não tem problema em pagar o convênio para este serviço de alta complexidade, a dificuldade que tem é na execução”, diz Rapassi.
Acolhimento da equipe médica
Beto destaca a importância do acolhimento proporcionado pelos profissionais de saúde do Hospital do Pênfigo na diminuição da angústia dos pacientes.
Ele elogia a postura da equipe médica, liderada pelo médico Gustavo, que se envolve de forma exemplar na causa e oferece um suporte valioso aos pacientes, não apenas por meio do tratamento médico, mas também com palavras acolhedoras que ajudam a restaurar a autoestima das pessoas.
“É louvável a atitude da forma orientação dessas pessoas. Quero parabenizar a toda a equipe do Gustavo, são pessoas envolvidas na causa e que ajuda muito os pacientes com uma palavra amiga devolvendo a autoestima”, elogia Beto.
O Hospital do Pênfigo atende mensalmente cerca de 3 mil pessoas, oferecendo uma ampla gama de especializações que vão desde clínica geral até ortopedia. O diretor do hospital, Everton Martin, e o ortopedista, Dr. Rodrigo Domingos, enfatiza a importância não apenas das cirurgias e do período de recuperação, mas também dos serviços de reabilitação oferecidos pela instituição.
“Tão importante a cirurgia é o período de recuperação e o Hospital tem a reabilitação. Aos pacientes de ortopedia é oferecido o trabalho de fisioterapia”, destaca o médico Rodrigo.
Assessoria de Comunicação