A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, está utilizando tecnologia de sensoriamento remoto por satélite para apoiar o cálculo da quantidade de gases de efeito estufa (GEE) estocados nas florestas nativas localizadas nas áreas onde mantém operações. Esse tipo de monitoramento é pioneiro no setor de celulose.
O uso do satélite proporciona maior agilidade e eficiência no monitoramento, possibilitando uma análise mais abrangente e precisa da quantidade de carbono estocado na base florestal. Com essas informações, a Bracell pode fazer estimativas mais assertivas e direcionar projetos de recuperação ambiental para incrementar o potencial de sequestro.
O desafio da equipe de sustentabilidade da Bracell envolvia a necessidade de calcular a quantidade de gases de efeito estufa (GEE) presentes na base florestal da empresa, especialmente em relação à quantidade de carbono estocado. No entanto, a extensa área florestal manejada pela companhia acarretou o desafio da coleta de informações em campo, dificultando a avaliação completa. Foi então que surgiu a ideia de utilizar imagens de satélite para captar a variação e o comportamento dos diferentes estágios de sucessão das florestas nativas. Essa inovação permite que a companhia tenha uma visão mais ampla e detalhada destas florestas nativas, algo que até então não era comum no setor.
“A imagem de satélite consegue captar a variação das cores nas folhas, permitindo modelar o comportamento das vegetações em diferentes estágios de sucessão. Utilizando tecnologias de sensoriamento remoto e informações de campo, conseguimos aplicar esse modelo em toda a base florestal, proporcionando um cálculo mais preciso do estoque de carbono”, explica Emerson Schoeninger, gerente de Geoprocessamento da Bracell em São Paulo.
O resultado desse projeto foi disponibilizado no portal WEBGIS, que fornece dados atualizados sobre o estoque de carbono da base florestal da Bracell no estado de São Paulo. Os números são disponibilizados de forma clara e acessível, permitindo que a empresa possa tomar decisões mais embasadas em relação à gestão ambiental.
“Por meio do monitoramento de carbono, estamos ampliando nossa capacidade de contribuir para a melhoria da sustentabilidade ambiental, otimizando nossos processos de inventário de GEE e ações ambientais. Com essa tecnologia, conseguimos ter uma visão completa e detalhada da base florestal, permitindo que nossas ações estejam alinhadas com a melhoria climática e conservação do meio ambiente”, destacou João Augusti, gerente de Sustentabilidade.
O uso de dados de satélite para monitoramento das florestas nativas deve se tornar cada vez mais relevante na luta contra as mudanças climáticas. “Ao apoiar uma compreensão mais abrangente das florestas nativas presentes nas áreas onde a Bracell atua, podemos embasar decisões estratégicas, levando em consideração a proteção e o manejo dos estoques de carbono destas florestas”, reforçou Augusti.