Por ALANIS NETTO
O número de “Nem-Nens”, ou seja, jovens que estão fora do mercado de trabalho e de instituições educacionais, caiu 4,9% em Mato Grosso do Sul, segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) com o tema Educação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dados de 2022 apontavam para 101 mil jovens que não estavam ocupados e nem estudando no Estado, número que passou para 96 mil em 2023.
Consequentemente, houve um aumento no número de pessoas de 15 a 19 anos estudando e trabalhando. Em 2022, eram 109 mil, e em 2023, 113 mil, número que representa um crescimento de 3,6%.
Com 18% da população nesta faixa etária estudando e trabalhando, Mato Grosso do Sul tem a 6ª maior porcentagem entre as Unidades da Federação. O Rio Grande do Sul lidera o ranking, com 21,8%, seguido por Santa Catarina, com 21,4%. O menor percentual foi obtido no Acre (7,3%).
Entre as pessoas ocupadas, mas não estudando, os números eram 277 mil em 2022, passando a 280 mil em 2023.
Entre os que frequentavam escola, mas não estavam trabalhando, os números são 143 mil (2022) e 140 mil (2023).
PNAD Contínua – Educação
O levantamento, por meio do questionário básico, traz informações sobre as características básicas de educação para as pessoas de 5 anos ou mais de idade.
A PNAD Contínua Educação retrata, desde 2016, o panorama educacional da população do Brasil, com indicadores sobre analfabetismo; nível de instrução e número médio de anos de estudo; taxa de escolarização; taxa ajustada de frequência escolar líquida; motivo da não frequência à escola ou creche das crianças até 3 anos; abandono escolar das pessoas de 14 a 29 anos; condição de estudo e situação na ocupação das pessoas de 15 a 29 anos, entre outras abordagens.
Essa é a segunda divulgação do módulo após a pandemia. Devido à redução na taxa de aproveitamento da amostra, causada pela mudança na forma de coleta implementada emergencialmente durante o período de distanciamento social, o tema foi suspenso em 2020 e 2021.
Corredor movimentado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Gerson Oliveira/Correio do Estado