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CÂMARA DE APARECIDA DO TABOADO ENTREGA PELA 18ª VEZ O PRÊMIO MULHER CIDADÃ

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Na noite de 14 de março de 2024, a Câmara Municipal de Aparecida do Taboado realizou uma sessão solene, presidida pelo vereador Jucleber Bim, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, ocasião em que, pela 18ª vez, entregou o “Prêmio Mulher Cidadã Eleonora Camargo de Queiroz”.

O título, que foi criado por meio de decreto, tem como objetivo homenagear aquelas que deram uma contribuição relevante em prol dos direitos das mulheres ou se destacaram em iniciativas que visam amenizar as disparidades sociais.

A premiação é concedida anualmente para três mulheres, sendo duas que se destacaram em sua existência e uma já falecida. As vencedoras são escolhidas por uma comissão composta por representantes da Câmara Municipal, da Prefeitura Municipal, do Poder Judiciário, do Ministério Público e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

As homenageadas deste ano são: Silvia Aparecida de Paula, Marlene Barcellos de Souza Alves de Almeida (em vida) e Francisca de Queiroz – Dona Chiquinha (post-mortem)

Silvia Aparecida de Paula

Sendo indicada pelo vereador Jucleber da Silva Queiroz, uma das homenageadas deste ano, com o “Prêmio Mulher Cidadã Eleonora Camargo de Queiroz”, nasceu em 21 de novembro de 1964, na cidade dos 60 dias apaixonado, Aparecida do Taboado, onde até hoje vive, mantendo profundas e robustas raízes.

É filha de Antônio e Iraceles, esposa de Jair, mãe orgulhosa de Ariane e Aritana, ambas advogadas previdenciaristas atuantes no Tocantins, e avó coruja de quatro lindos e amados netos, Matheus, Lucas, Sophia e Pedro Netto.

Embora possua residência dupla, passando algumas temporadas junto às filhas no Tocantins, é aparecidense de corpo, alma e coração, e tem provado isso durante toda sua vida dedicada à comunidade de Aparecida do Taboado.

Muito antes de formar-se como Assistente Social, Silvia já espalhava doses de amor, alegria, carinho e cuidado nas outras profissões que exerceu: sendo florista, inclusive vendia flores nos cemitérios durante os feriados de Finados, trabalhou com mensagens ao vivo e fonadas, celebrando a vida e as conquistas de seus clientes homenageados, decorava eventos como casamentos, formaturas e aniversários, se fazendo presente nos momentos mais marcantes e especiais das pessoas.

Além disso, Silvia espalhou amor e caridade ao povo aparecidense. Em meados dos anos noventa, junto de suas filhas, ela realizava doações de leite nos bairros mais carentes da cidade, todo domingo, religiosamente.

Próximo às festas de fim de ano, arrecadava brinquedos e, acompanhadas até mesmo do Papai Noel, distribuíam alegria às crianças carentes e aos bebês no berçário. Não suficiente, em um grupo formado por amigos, atuava junto às entidades municipais, como APAE, Lar dos Idosos e a Santa Casa, de forma voluntária, promovendo auxílio, atenção e gentileza aos que precisavam.

Então, Silvia de Paula que sempre prestou auxílio à sua comunidade, viu-se precisando da mesma ajuda e zelo quando seu pai foi hospitalizado. Foi aí que conheceu a fundo a vocação da Assistência Social, e decidiu dedicar-se profissionalmente a ela.

Formou-se Assistente Social em 2005 pela Faculdade de Ilha Solteira, e, alocada na Santa Casa de Aparecida do Taboado, realizou todos os seus sonhos pessoais e profissionais, podendo dispender de seu tempo exclusivamente em prol da vida e bem-estar de seus pacientes assistidos.

Na Santa Casa, ela tinha hora para chegar, mas não para sair. Diariamente ofereceu todos seus esforços, enfrentando desafios das mais variadas magnitudes, mas sempre disposta a solucionar tudo o que aparecia em seu caminho, amparando absolutamente a todos que dela precisavam, não importava o tempo que levasse.

Silvia professa a fé Cristã, e pertence à Assembleia de Deus Missões/Belém, onde atua há mais de vinte anos com o departamento de Assistência Social. Embora não mais lidere o departamento, permanece devota às ações sociais da igreja, e, em seu dia a dia, prega e vive os ensinamentos de Cristo, doando-se e partilhando amor com o próximo.

Marlene Barcellos de Souza Alves de Almeida

Indicada pela Loja Maçônica, Marlene Barcellos de Souza Alves de Almeida, nascida em 19 de agosto de 1953, é filha do Sr. Otaviano Alves de Souza e da Sra. Eremita Barcellos da Rocha, dos quais herdou ensinamentos que a formou e conduziu no caminho do bem. É a 4ª filha de uma prole de seis: Valter, Aparecida, Cirene, Marlene, Marta e Valdemar.

Em 29 de maio de 1976, casou-se com Augusto Almeida (conhecido como Agostinho), com quem constituiu uma família linda, sendo seus filhos: Ângelo Barcellos de Almeida, Cristiano Barcellos de Almeida e Fernando Barcellos de Almeida; os quais lhes deram as noras: Gerusa de Queiroz Chaddad, Cynthia Nunes Paulino e Junia Braga de Oliveira; e no presente, os netos, Isabella Queiroz Chaddad Barcellos de Almeida, Vicente Chaddad de Almeida, Pedro Augusto Nunes Barcellos de Almeida, Paulo Augusto Nunes Barcellos de Almeida, Amanda Faria Barcellos de Almeida e Maria Evelyn Braga Barcellos de Almeida.

Desde criança, sempre foi preocupada com pessoas que moravam na rua … “isto é dela”, verbaliza sua irmã Cida. Marlene começou a trabalhar muito nova, no antigo ACAMAT (hoje AGRAER) como secretária, mas, se aposentou na função de escrevente de cartório, em 2013, com apenas 40 anos de idade.

Todos os familiares reforçam que Marlene sempre teve muita habilidade com trabalhos manuais artísticos e usou estes dons, para ajudar pessoas carentes dos programas sociais que sempre participou. Dentre suas ações mais relevantes, faz parte do Departamento Social da Loja Maçônica Fraternidade 24, que é uma associação filantrópica sem fins econômicos, desde sua criação em 25/maio/1974.

Neste grupo, Marlene participou da fundação da Casa da Criança Menino Jesus, em 1977, que acolhia crianças da comunidade para que suas mães pudessem trabalhar fora. Naquela época, eram as próprias mulheres dos maçons que realizavam os trabalhos de cuidado com as crianças. Atualmente o Departamento Social desenvolve ações sócias, junto às entidades do município.

Participa do Lar Espírita Mensageiros da Paz, desde sua fundação há 21 anos. Neste grupo, ajudou no desenvolvimento das atividades de bordado e crochê, para o Projeto Mãos que Brilham, por dez anos. As mulheres obtinham renda com a venda dos panos de prato que confeccionavam com a Marlene.

Desenvolveu também um projeto junto com gestantes carentes, onde arrecadava o material para confecção do enxoval do bebê e cada gestante levava seu enxoval para casa.

Francisca de Queiroz – Dona Chiquinha

Com indicação do parlamentar Moysés Chama de Carvalho, a homenageada post-mortem, senhora Francisca de Queiroz, foi casada com o primeiro administrador de Aparecida do Taboado, Osvaldo Bernardes da Silva e mãe biológica de Nilce Benedita de Queiroz, Wayne da Silva Queiroz e Osvaldo da Silva Queiroz (Osvaldinho), também auxiliando na criação de muitos filhos de funcionários da fazenda da família.

Dona Chiquinha dedicou também de forma especial no desenvolvimento de sua filha Nilce, com Síndrome de Down. Naquela época não existia ainda o auxílio de nossas APAES tão importante para o acolhimento, porém Dona Chiquinha sempre esteve à frente da causa, inclusive apoiando com conselhos aquelas mães que a procurava.

Católica fervorosa, participou das mais importantes causas sociais da Igreja Matriz como também fazia caridades de forma anônima.

É importante ressaltar que Dona Chiquinha foi a primeira mulher proprietária do primeiro cartório em Aparecida do Taboado.

Seu esposo foi interventor nomeado pelo governador da época para criar o município, e o Cartório se fazia necessário dará registrar os anais e também os munícipes.

Depois de algum tempo, um trágico acidente deixou Dona Chiquinha viúva com três crianças, mas ela conseguiu levar a sua vida adiante com muito esforço, trabalho e dedicação.

Uma das poucas mulheres letradas de sua época na comunidade e ajudou a construir Aparecida do Taboado. O Paço Municipal de Aparecida do Taboado leva o nome de seu esposo.

 

Assessoria de Comunicação

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