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Casos de dengue crescem em MS e proliferação pode ser evitada com cuidados básicos

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Nos últimos dias, Mato Grosso do Sul tem enfrentado temperaturas acima da média que além de causar riscos à saúde, também impactam nos casos de doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Arboviroses como a dengue se proliferam com maior facilidade em períodos mais quentes, e por isso, exigem atenção redobrada.

De acordo com o Boletim Epidemiológico Dengue, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) na terça-feira (14), atualmente o estado apresenta 40.176 casos confirmados da doença em 2023. O índice representa aproximadamente o dobro dos casos registrados no ano anterior, que somaram 21.328 pessoas contaminadas de janeiro a dezembro. Além disso, 40 óbitos por dengue foram contabilizados neste ano.

Entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 74 deles classificam-se com alta incidência de casos prováveis, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ribas do Rio Pardo, Terenos, Paranaíba e Tacuru apresentam incidência média, enquanto apenas Aparecida do Taboado atinge baixa incidência.

Campo Grande lidera a lista com o maior número de casos confirmados da doença, com 11.801, seguida por Três Lagoas (4.613) e Corumbá (2.202). Apesar da capital apresentar altos números de contaminação, possui baixa incidência por número de habitantes. O município de Alcinópolis é responsável pela maior incidência de confirmações do estado, com 9.036,8.

Segundo a enfermeira da SES, Bianca Modafari Godoy, a doença pode atingir todas as idades, com gravidade e impactos que podem variar. Além disso, crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico vulnerável representam os grupos mais afetados pela dengue.

“Isso ocorre porque esses grupos podem ter mais dificuldade em lidar com a infecção e desenvolver complicações graves devido à resposta do sistema imunológico e a capacidade de combater o vírus limitada”.

Cuidados

Além da dengue, o Aedes aegypti também é o mosquito transmissor de doenças como a Chikungunya e o Zika Vírus. Entre as medidas para controlar sua proliferação e evitar a contaminação, recomenda-se:

  • Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d’ água ou caixas d’água;
  • Acondicionar pneus em locais cobertos;
  • Remover galhos e folhas de calhas;
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana
  • Fazer sempre a manutenção de piscinas.

Ainda, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar também dor abdominal, vômitos persistentes, diarréia, desânimo e sangramento de mucosa.

Bianca Modafari Godoy destaca que em casos de suspeitas de Dengue, o ideal é manter hidratação e repouso, além de buscar atendimento em uma unidade de saúde. O acompanhamento do paciente é indispensável para o monitoramento e o tratamento adequado dos sintomas.

“Importante ressaltar que não deve se automedicar, pois caso faça uso de antiinflamatórios como aspirinas pode piorar a coagulação sanguínea e consequentemente o estado de saúde, já que a dengue pode causar hemorragia”.

Em caso de dúvidas, entre em contato com o Plantão CIEVS Estadual através do disque-notifica pelos telefones: (67) 9 8477-3435, 0800-647-1650 ou (67) 3318-1823.

Heloisa Duim, Programa de Estágio Supervisionado
Foto: Edemir Rodrigues/Arquivo

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