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CEO da Suzano indica aumento do preço da celulose em razão da falta de terras

“Não acho que o preço da celulose nos próximos dez anos será igual dos últimos dez anos. Na minha opinião, será maior”, afirmou o executivo

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Para a maior produtora mundial de celulose de mercado, o aumento dos preços de terras no Brasil e a disputa com produtores agrícolas de outros setores deve impulsionar o custo da commodity. Nesse sentido, segundo Walter Schalka, CEO da Suzano, a companhia está buscando “novas fronteiras” para plantio de eucalipto.

“Não acho que o preço da celulose nos próximos dez anos será igual dos últimos dez anos. Na minha opinião, será maior”, afirmou o executivo em entrevista à Bloomberg News. “O agro cresceu em uma velocidade muito grande no Brasil e a tecnologia do agro também vem aumentando, permitindo que produtos como soja e milho entrem em áreas que antigamente não conseguiam entrar e [em que] não eram competitivas”.

No fim de 2023, a Suzano comprou os ativos florestais de duas empresas, com cerca de 70 mil hectares em Mato Grosso do Sul, por R$ 1,82 bilhão.

A demanda mundial por celulose a partir de eucalipto, produzida na América do Sul, tem apresentado uma crescente ao entrar em novos nichos – como o de produtos absorventes – que eram dominados por fibras premium de árvores no hemisfério norte. Nesse contexto, o Brasil é o principal exportador de celulose do mundo.

Conforme dados da Suzano, houve um aumento de 62% no preço de terras no país nos últimos cinco anos, o que ainda quase dobrou o preço da madeira no mesmo período.

Diante desse cenário, a empresa estima continuar a plantar cerca de 1,2 milhão de eucaliptos por dia, o ritmo mais ambicioso de sua história. Além disso, a companhia também pretende aumentar as áreas de cultivo de árvores em espaços que não são utilizados atualmente para esse fim – mas que poderão ser.

 

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