Home » Cunhado encontra corpo de caseiro atacado por onça no Pantanal de MS

Cunhado encontra corpo de caseiro atacado por onça no Pantanal de MS

por Nathally Martins da Silva Bulhões
Camara Taboado

Por Silvia Frias – Campo Grande News

Encontrado na manhã  desta terça-feira (22), o corpo do caseiro Jorge Ávalo, 60 anos, atacado por onça-pintada na segunda-feira, próximo ao pesqueiro Touro Morto, no Pantanal. A informação é que ele foi encontrado pelo cunhado e mais dois amigos, que retomaram as buscas logo cedo.

“Achei o Jorge, viu? Não falei para vocês ontem, que eu ia achar meu cunhado? Deus me guiou certinho, eu sabia onde ele ia estar”, disse Magrão, cunhado do caseiro que retomou as buscas hoje, logo cedo e o encontrou por volta das 6h. “(…) falei, só tinha um lugar que possa ter levado ele”.

A autenticidade do áudio foi confirmada por Reginaldo Ávalo, 55 anos, irmão de Jorginho. Ele contou que o corpo foi encontrado a distância de 300 metros do local do ataque, ocorrido deck do pesqueiro Touro Morto, localizado no encontro dos rios Miranda e Aquidauana.

Vídeo feito logo depois que as marcas de sangue foram encontrados, é mostrado, ao longe, o local que a onça poderia ter levado o caseiro.

Reginaldo diz que o irmão sempre relatou ver onças, mas nunca foi atacado por elas. “Ele via quase todos os dias, mandava vídeo, mas elas corriam, não chegavam perto dele”, lamentou. Jorginho trabalhava no pesqueiro havia cerca de 20 anos.
Jorginho trabalhava no pesqueiro há cerca de 20 anos (Foto: Direto das Ruas)

O corpo de Jorginho deve ser levado até Aquidauana e, depois, sepultado em Anastácio. Ele deixa dois filhos.

Ataque – Jorge Ávalo foi atacado por onça-pintada nas primeiras horas da segunda-feira (21). Um vídeo mostra o local onde há rastros de sangue e as pegadas do animal.

As buscas tiveram apoio do Corpo de Bombeiros e da (Polícia Militar Ambiental) de Miranda. Um vídeo recente mostra Jorge relatando que o pesqueiro teria sido palco de uma disputa territorial entre duas onças.

Segundo o médico veterinário e doutorando em Ecologia e Preservação pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Diego Viena, esse tipo de ocorrência é considerada rara.

 

Leia também: