A mudança do nome do Estado de Mato Grosso do Sul voltou a virar tema de debate na Assembleia Legislativa. Desta vez, após um debate sobre a necessidade de preservação do Pantanal, tema levado à Casa pelo deputado Pedro Kemp (PT).
O deputado falou da necessidade de preservação do bioma e da importância da Casa não se omitir. Ele é autor de um projeto, em memória do ex-deputado Amarildo Cruz (PT), que proibia plantio de soja no Pantanal e que foi derrubado na Assembleia.
“Nós não precisamos ficar preocupados com a ‘chiadeira’ de um ou outro fazendeiro, pois se ele compra terra lá sabe que não está comprando em qualquer lugar, mas sim em um lugar sensível e que certas práticas lá podem trazer prejuízos irreparáveis para a biodiversidade. Ou a gente traz isso para a discussão ou vamos ter desastres irreversíveis”, ponderou Kemp.
Durante o debate, kemp chegou a sugerir a mudança do nome do Estado, levantando a possibilidade de um plebiscito com a população. O deputado Rinaldo Modesto (Podemos) falou do constrangimento da troca de nome, reforçando que o Estado é chamado apenas de Mato Grosso.
“Meus parentes de fora só falam Mato Grosso. É ruim ouvir isso, mesma coisa de te chamarem com outro nome. Pensa no quanto iríamos ganhar com a mudança, além de ser louvável do ponto de vista de preservação, temos que cuidar desse patrimônio que é nosso”, concordou.
O deputado Antônio Vaz, paulista de nascimento, também se mostrou favorável à mudança. “Aqui fui muito bem recebido e é verdade que meus familiares falam Mato Grosso até agora. Tive a oportunidade de sobrevoar o Pantanal e vi a maravilha que é. Sou favorável pela mudança do nome. Vamos ganhar muito com isso. Perdemos muito em turismo”, finalizou.
Foto: Luciana Nassar/Assembleia