Projeto de Lei de autoria do deputado estadual João César Mattogrosso (PSDB) e com coautoria dos deputados estaduais Paulo Corrêa (PSDB), Márcio Fernandes (MDB), Coronel David (PL), Antônio Vaz (Republicanos) e Rafael Tavares (PRTB) que ampliar e liberar para um determinado grupo, a caça de javalis em Mato Grosso do Sul.
O justificativa dos parlamentares é de uma eventual superpopulação da espécie no Estado. Eventual, porque o projeto não apresenta nenhum número sequer, apenas uma citação de um instituto identificado como “Instituto Brasília Ambienta (Ibram)”, o qual indica que o “o crescimento descontrolado de javalis tem causado inúmeros prejuízos e danos às plantas nativas, fauna nativa, destrução de habitats e ninhos, assoreamento de rios”, dentre outros males.
Depois de pintar o javali como uma espécie de vilão do meio ambiente no Estado, os deputados também afirmam que o animal não integra um animal próprio da fauna sul-mato-grossense, que possui característica migratória. “Fato que impõe risco sanitário ao rebanho pecuário”.
O texto do projeto permite o exercício da caça de javalis no Estado, compreendido como “perseguição, captura e abate do animal”. O projeto ainda proíbe a comercialização da carne da caça. Os regramaentos serão regulamentados pelo Poder Executivo.
Em 2017, o biólogo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Wagner Fischer, mapeou a população de javalis no Estado em sua tese de doutorado. Na época, ele defendeu o controla da população dos porcos de caraterísticas mais selvagens.
“Isso, porém, não significa que o javali não deva ser controlado ou impedido de atingir áreas críticas e sensíveis, ou até mesmo extinto em determinados locais que necessitem proteção ou em que as populações possam ser isoladas. É preciso estabelecer limites e restringir seus espaços o quanto antes”, conclui o pesquisador em entrevista ao site da UFMS.
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