A Eldorado, uma das principais produtoras de celulose do país, tem buscado cada vez mais alternativas sustentáveis para reduzir a emissão de CO2. A companhia utiliza subprodutos do processo de produção de celulose para gerar energia limpa e contribuir com a sustentabilidade ambiental.
Nesse sentido, a companhia lidera o caminho em busca da autossuficiência energética, promovendo impactos positivos no meio ambiente e na comunidade.
“Concebida para ser uma empresa sustentável, a Eldorado Brasil é capaz de produzir toda a energia necessária para a sua operação e seus parceiros do complexo químico-industrial com sobra – esse excedente é comercializado no sistema elétrico nacional. Cerca de 96% da energia vem de fonte limpa e renovável, gerada a partir da biomassa de materiais não aproveitados no processo de fabricação da celulose, como a lignina e resíduos de madeira”, explicou Marcelo Martins, gerente geral industrial da Eldorado.
“Não o bastante, a empresa investiu R$ 400 milhões em recursos próprios para inaugurar, em 2021, a Usina Termelétrica Onça Pintada (UTOP), dentro de seu complexo industrial. A unidade tem capacidade para produzir 50 MW por hora de energia, que é destinada totalmente ao Sistema Elétrico Nacional, trazendo receita para a empresa e contribuindo para uma matriz energética brasileira mais limpa. Nenhuma outra empresa no mundo gera a quantidade de energia que a Eldorado, nesta modalidade específica”, complementou o executivo.
A operação da usina fez com que a Eldorado se tornasse a única empresa de celulose do Brasil a consumir 100% do eucalipto da cadeia produtiva – dentro da lógica da economia circular – além de destinar corretamente todos os resíduos do eucalipto.
De acordo com Martins, a circularidade para maior eficiência no aproveitamento de base florestal sempre fez parte da estratégia de gestão de resíduos da Eldorado. “Ter uma linha de produção de celulose autossuficiente em energia é resultado da visão estratégica da companhia, apoiada nos pilares de inovação, competitividade e sustentabilidade. Por isso, os investimentos iniciais feitos para as operações da Eldorado já apostavam em equipamentos de ponta, em especial das caldeiras, que permitem adequar à planta um sistema de cogeração de alto rendimento energético”, disse.
Para o executivo, o grande diferencial da Usina Termelétrica Onça Pintada é o uso de biomassa de tocos e raízes de eucalipto e madeira antes considerada “inservível” para produzir energia verde e renovável, resultado de tecnologias próprias, desenvolvidas internamente por engenheiros e projetistas da companhia. “Esses subprodutos geram a biomassa, que é processada em uma caldeira que produz vapor e movimenta um turbogerador, responsável pela geração da energia”, explicou.
Somente no ano passado, a UTOP gerou 127 mil megawatts-hora de energia limpa, provenientes de resíduos de eucaliptos, gerando receita de R$ 86 milhões. Atualmente, a capacidade é de gerar energia suficiente para abastecer uma cidade com 700 mil habitantes. Além disso, a companhia também tem autorização para ofertar energia renovável de Onça Pintada no Sistema Interligado Nacional (SIN).
MATRIZ ENERGÉTICA MAIS VERDE
A transformação de subprodutos em fontes de energia limpa, oferece diversos benefícios significativos para a empresa, bem como para a sociedade como um todo. Por exemplo, a redução de resíduos, reaproveitando coprodutos e minimizando a necessidade de usar aterros sanitários e promove o uso mais eficiente e conservação de recursos naturais, por reduzir a dependência de combustíveis fósseis, como carvão ou petróleo, para a geração de energia.
“Além disso, a estratégia contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa e melhoria da qualidade do ar, ao utilizar uma fonte limpa e renovável e a diminuição de custos operacionais. Em resumo, a transformação de subprodutos em fontes de energia limpa na Eldorado Brasil é uma prática que combina eficiência operacional com ESG, garantindo a perenidade do negócio. Isso posiciona a empresa como referência no setor de celulose e sustentabilidade”, disse o gerente da companhia.
TECNOLOGIA PARA MITIGAR IMPACTOS
Nesse sentido, a Eldorado tem realizado cada vez mais o uso de inteligência artificial (IA) em várias áreas com o objetivo de tomar decisões mais informadas e eficientes. “Usamos a inteligência artificial para manutenção preditiva, ou seja, utilizamos algoritmos para monitorar o estado de equipamentos e prever quando eles precisam de manutenção. Isso reduz o tempo de inatividade não planejado e aumenta a eficiência operacional”, destacou Martins.
“A IA também nos permite otimizar processos de produção, como a gestão de estoques de madeira, garantindo que usemos nossos recursos de forma mais eficiente, além de permitir a análise de dados ambientais, ajudando a analisar grandes volumes desses dados, como qualidade do ar e água, para identificar tendências e tomar medidas proativas para a proteção do meio ambiente”, completou o executivo.
Com decisões baseadas em IA, os impactos positivos gerados são a redução de custos operacionais, o aumento da eficiência, a melhoria na gestão ambiental e a garantia de que as operações sejam sustentáveis e socialmente responsáveis. Além disso, a automação de processos por meio da IA permite à empresa focar em áreas estratégicas, impulsionando, de forma cada vez mais eficaz sua liderança na indústria de celulose.