Equipe da Semadesc visita centro de pesquisas em piscicultura em Aparecida do Taboado e Santa Fé do Sul

A piscicultura em Mato Grosso do Sul tem mostrado um crescimento expressivo nos últimos anos. Conforme o relatório do Anuário da Piscicultura 2024, da Peixe BR, Mato Grosso do Sul ocupa o 5º lugar na produção de tilápia e a 8ª posição na criação de peixes de cultivo no Brasil, surgindo grandes oportunidades de negócio para o Estado. A maior produção de tilápia no Estado encontra-se nos municípios de Selvíria, Aparecida do Taboado, Paranaíba, Sidrolândia Itaporã, Dourados, Deodápolis, mundo novo, Ponta Porã e Amambai.

Diante desse crescimento, o Estado precisa de mão de obra capacitada para atender o mercado. Em busca de melhorias para a cadeia da piscicultura estadual, a equipe de pecuária da Semadesc, Iagro, Agraer e UEMS estiveram em visita técnica no centro de Excelência e Inovação em Aquicultura da ADM, em Aparecida do Taboado, onde foram recebidos pelo Gerente Fabio Catunda e equipe técnica Edgar Rodrigues, Hohton Trioni, Cintia Araujo, Leonardo Souza e Aurélio Albuquerque.

No encontro, o grupo conheceu os experimentos realizados em tanque rede e tanque escavado, além do sistema de recirculação em aquicultura (RAS), que minimiza o uso de água e o descarte de efluentes, reduzindo custos e tornando a produção mais sustentável. Os experimentos de piscicultura aplicados, são demandas de piscicultores, onde os resultados obtidos poderão ser utilizados na produção. Além disso o centro está aberto para capacitação de produtores e técnicos para atender a demanda de mão de obra que tende a crescer no Mato Grosso do Sul. Na oportunidade, a equipe visitou também o Centro de Pesquisa da Brasilian Fish, em Santa Fé do Sul, onde conheceu o trabalho realizado para melhoramento genético da tilápia.

A gestora do Programa Peixe Vida, Cinthia Baur explicou que o Mato Grosso do Sul é um dos poucos Estados que tem incentivos para industrias e produção na área de piscicultura. “O nosso trabalho junto a Agraer, Iagro e Uems, é de levar Biosseguridade, assistência técnica capacitada e tecnologia ao produtor para que ele tenha um produto de qualidade para atender o mercado exigente. Assim durante a visita, apresentei o programa Peixe Vida, mostrando as oportunidades que o programa traz tanto para os piscicultores quanto para indústrias”, destacou.

A produção dos peixes nativos, cuja valorização gastronômica impulsiona a demanda por essas espécies, também foi debatida. “Chefs renomados, tanto no Brasil quanto no Exterior tem incorporado o tambaqui, pintado e pirarucu nos menus. O momento atual é uma oportunidade única para o Brasil se consolidar como referência mundial na criação sustentável de peixes nativos, equilibrando progresso econômico com a conservação da biodiversidade. Os nativos, principalmente o pintado pode se tornar símbolo de modelo de desenvolvimento responsável e sustentável”, complementou o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico-Sustentável, Rogério Beretta.

 

Rosana Siqueira, da Semadesc

Fotos – Arquivo Pessoal

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