A briga entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ganhou novos capítulos na terça-feira 30.
Nas redes sociais, o senador voltou a atacar Lira. “Os podres de Lira vão acumulando. Desvios, chantagens, achaques, golpismo, agressão contra a mãe dos filhos”, escreveu o cacique emedebista. Na publicação, Renan também voltou a fazer referência às denúncias de agressões contra a ex-mulher de Lira, Jullyene Cristine Lins Rocha.
Essa não é a primeira vez que Renan faz acusações contra o presidente da Câmara. No começo da semana, ele já havia afirmado que o deputado alagoano teria supostamente agredido Jullyene.
Na ocasião, o presidente da Câmara rebateu as denúncias. A Oeste, Lira disse que o “problema” de Renan é “psiquiátrico”. “Para ele será mais um processo na Justiça e mais uma condenação”, respondeu o presidente da Câmara.
As acusações de violência doméstica contra Lira foram rejeitadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Lira nega pedido de demissão de filho de Renan.
O jornal Estado de S. Paulo publicou nesta quarta-feira (31), que Arthur Lira pediu ao Planalto a demissão do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). A informação foi publicada pela colunista Vera Rosa.
Segundo ela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado da situação e, de acordo com auxiliares, encarou o embate como mais uma chantagem.
Pelas redes sociais, o presidente da Câmara negou as acusações feitas pelo jornal. “É falsa e descabida a informação que pedi ‘a cabeça de ministro’, e muito menos em troca de aprovação de qualquer proposta do governo”, escreveu no Twitter.
Ele aproveitou para cutucar o senador emedebista. “A origem da desinformação segue na mesma linha daquele que tem usado as redes sociais, e seus prepostos, para me desrespeitar gratuitamente.”
Briga antiga
Em março deste ano, depois de uma tensão entre Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devido ao rito das Comissões Mistas, Renan disse que o conterrâneo queria instalar o “Lira AI 2,5.
“Há 55 anos, Artur Costa e Silva editou o AI 5. Outro tiranete, Arthur também quer rasgar a Constituição e baixar o LIRA AI 2,5 para fechar o Senado e usurpar nossas funções. As MPs são provisórias. A democracia, a separação dos Poderes e o bicameralismo são para sempre”, escreveu o senador.
Lira respondeu ao colega de Parlamento dando a entender que ele deveria se consultar com um psicanalista.
“O bom da liberdade de expressão é que permite até aos bobos se manifestarem, embora no geral se comportem de maneira ridícula, panfletária e incendiária. Para gente desse naipe o melhor seria a cadeira do psicanalista, não a do Parlamento, pois em nada contribui com a democracia”, retrucou o deputado alagoano