Estado verde, próspero e inclusivo agrada comitiva da UE e pode abrir caminho para ampliar exportações

As ações de Mato Grosso do Sul em buscar o desenvolvimento sustentável, reforçando a proposta do Governo de ser um Estado verde, próspero e inclusivo podem ampliar o espaço do Estado nas exportações para a União Europeia. Esta visão positiva foi evidenciada hoje (25) pelo embaixador da União Europeia, Ignacio Ybañez, que esteve reunido com o secretário da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência e Inovação), Jaime Verruck, e com o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen. O evento teve a participação  da comitiva internacional, com a participação de 10 países.

Em 2022, o comércio bilateral entre Mato Grosso do Sul e a União Europeia foi bastante significativo, totalizando US$ 926.280.751 em exportações e US$ 86.725.581 em importações. Isso resultou em um saldo positivo robusto de US$ 839.555.170, indicando um superávit comercial favorável ao estado brasileiro.

“Mato Grosso do Sul demonstra a vontade de assegurar a produção com pleno respeito as questões de meio ambiente, mas também tem esse esforço de transformação e realmente de aumentar os números comerciais e da indústria com sustentabilidade”, salientou o embaixador.

Segundo ele, durante a apresentação de dados sobre a indústria do Estado e exportações feita pela quipe técnica da Fiems, a comitiva da UE pode ver que o Mato Grosso do Sul por meio destas políticas está conseguindo aumentar a participação do setor industrial na sua produção e também no formato de comércio exterior. “Desse ponto de vista para nós o exemplo de Mato Grosso do Sul é sem dúvida muito positivo e isso justifica a razão porque fizemos a escolha de visitar o Estado”, acrescentou.

“Pensamos que aqui temos muitos bons exemplos de produção. Estes encontros estão servindo para demonstrar que esse é o caminho realmente de fazer uma transformação do País, de investir no desenvolvimento do Brasil, e fazer isso de uma forma respeitosa com o meio ambiente. Agora ao conhecer mais da economia, da indústria do MS e hoje também pela manhã e tivemos a possibilidade de ouvir do governador que o Estado busca o desenvolvimento sem esquecer ninguém no caminho. É realmente esta parte também da inclusividade que eu acho que é bem importante para nós”, frisou.

A comitiva que chegou hoje ao Estado é composta por representantes de Malta, Bélgica, Suécia, Croácia, Dinamarca, Portugal, República Tcheca, Lituânia, Chipre e Polônia, além do embaixador da União Europeia.

Acordo

De acordo com o secretário Jaime Verruck, que representou o governador Eduardo Riedel no encontro da Fiems, um dos pontos mais debatidos com a comitiva internacional foi a necessidade de firmar o Acordo Mercosul-UE.

“O que nós vimos hoje na apresentação e na própria fala do embaixador é que o acordo do Mercosul pode beneficiar o Estado, exatamente por aquilo tem sido executado em termos de produção de celulose e carnes, mas de forma sustentável. Isso pode propiciar aí um aumento de exportações de Mato Grosso do Sul para a União Europeia”, frisou.

Verruck destacou que durante a reunião ficou ainda mais evidente a exigência da produção ser cada vez voltadas para as boas práticas e respeito as questões ambientais.

“Ficou destacado no encontro que o Acordo do Mercosul-UE está hoje muito vinculado as questões ambientais. Ou seja, o acordo não avançou da forma que estava previsto na questão comercial, porque a União Europeia tem estabelecido alguns critérios ambientais para que se possa fazer exportação. O embaixador destacou hoje foi que ele viu Mato Grosso do Sul com políticas muito alinhadas nessa questão ambiental. Então provavelmente o MS seria um dos estados nesse processo de ampliação das relações comerciais”, salientou.

O secretário pontuou ainda que foi discutido a relevância das políticas de mudança climática estabelecidas no Mato Grosso do Sul. “Elas estão muito alinhadas com o que a UE deseja. E a própria Federação da Indústria também mostrou o seu Programa de Carbono Neutro especificamente voltado para o setor. Tudo isso que contribui para que possamos atingir nossa meta até 2030, com a indústria assumindo seu papel na política pública em relação a neutralização de carbono”, finalizou.

Rosana Siqueira, da Semadesc
Fotos: Álvaro Rezende

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