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“Estar no Brasil é uma boa maneira de nos projetarmos a longo prazo”, diz porta-voz da Arauco ao justificar expansão no país

Em entrevista ao El País, executivo da Arauco apontou desafios regulatórios no Chile e destacou que o Brasil oferece um ambiente mais favorável para novos investimentos no setor florestal

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Portal Celulose

Nas últimas semanas, o Grupo Arauco anunciou o maior investimento de sua história: US$ 4,6 bilhões para a construção da fábrica de celulose Sucuriú, em Mato Grosso do Sul. O projeto, que deve ser concluído no segundo semestre de 2027, representa um marco importante na expansão da empresa, que é a segunda maior produtora de celulose do mundo, ficando atrás apenas da brasileira Suzano.

Em entrevista ao jornal El País, Charles Kimber, gerente de Pessoas e Sustentabilidade da Arauco, detalhou as razões por trás da escolha do Brasil para o novo projeto do grupo. De acordo com Kimber, o Chile já não oferece condições favoráveis para grandes investimentos no setor florestal, citando a escassez de terras disponíveis para o plantio e o aumento no custo das propriedades. “Não há espaço”, afirmou, destacando as limitações para a expansão no país.

Ao falar sobre o projeto Sucuriú, Kimber explicou que o Brasil oferece vantagens competitivas por ser o maior produtor mundial de fibra curta, amplamente utilizada na fabricação de celulose e papel. “Estar no Brasil, onde estão nossos principais concorrentes, onde temos as maiores e mais eficientes fábricas, é uma boa maneira de nos projetarmos a longo prazo. Também temos que ser geograficamente diversificados. Não podemos colocar todos os nossos ovos em uma única cesta. Temos fábricas de celulose no Chile, na Argentina, no Uruguai e agora no Brasil”, afirmou o executivo.

Apesar dos desafios, Kimber reforçou o compromisso da Arauco com o Chile, mas enfatizou que é necessário melhorar o processo de licenciamento e criar um ambiente mais seguro para atrair e manter investimentos.

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