O ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (25), em Maceió (AL). Segundo informações da defesa, a detenção aconteceu por volta das 4h, no momento em que o político se dirigia voluntariamente a Brasília, com o objetivo de cumprir o mandado de prisão expedido contra ele.
A prisão foi executada pela Polícia Federal e determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O magistrado negou um recurso apresentado pelos advogados de Collor que buscava reverter a condenação imposta em 2023. Com a decisão, passou a valer a sentença de 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Após a detenção, Collor foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, onde aguardará os próximos trâmites judiciais. A defesa informou que o ex-presidente optou por se apresentar de forma espontânea para demonstrar colaboração com a Justiça.
A condenação de Fernando Collor é resultado da Operação Lava Jato e de denúncias feitas pelo Ministério Público Federal (MPF), que o acusou de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propinas ligadas a contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Fernando Collor de Mello foi presidente do Brasil entre 1990 e 1992, sendo o primeiro chefe de Estado eleito por voto direto após o período da ditadura militar. Ele renunciou ao cargo em meio a um processo de impeachment por denúncias de corrupção. Mais tarde, retornou à vida pública como senador por Alagoas, cargo que ocupou por dois mandatos.
A prisão de hoje marca um novo capítulo em uma trajetória política marcada por escândalos e reviravoltas. Ainda não há informações sobre o local onde o ex-presidente cumprirá a pena, que poderá ser iniciada em regime fechado.
Ex-presidente Collor é preso em Maceió (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
(Agência Brasil)