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‘Falhamos’: Após denúncia de Vanessa contra Deam, Riedel promete apurar e agir

O Governo afirmou que a morte da comunicadora prova que o Estado não está garantindo proteção às vítimas de violência

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Por Jennifer Ribeiro

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul assumiu que houve, sim, falha do Estado e das instituições no caso de feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, morta na última quarta-feira (12), pelo ex-noivo Caio Nascimento.

Em nota enviada à imprensa neste sábado (15), o Governo afirmou que a morte da comunicadora prova que o Estado não está garantindo proteção às vítimas de violência e por isso, precisam identificar onde erraram, planejar mudanças e agir eficazmente.

“Estamos incessantemente trabalhando, integrando diversos atores, propagando campanhas, ampliando rede de proteção, e estabelecendo medidas efetivas. Enquanto Poder Público temos, sim, que dar uma resposta a toda sociedade”, pontuou.

Caso é apurado pela Corregedoria

Sobre o procedimento policial negligente revelado em áudio por Vanessa, o Governo afirmou que há apuração em andamento pela Corregedoria da Polícia Civil, com participação do Ministério das Mulheres.

“A violência, em qualquer forma que se manifeste, exige resposta imediata e eficaz, e que qualquer falha no atendimento à vítima deve ser rigorosamente analisada, com responsabilização e punição, além da correção imediata de erros que porventura estejam ocorrendo na proteção à mulher”, afirmou.

O Governo reforçou ainda que trabalha na implementação de políticas públicas que protejam as mulheres, como também a criação de mecanismos que garantam a efetividade das medidas protetivas e treinamento contínuo das forças da segurança pública, para poderem atender com sensibilidade e eficácia as ocorrências de violência contra a mulher.

“Esta precisa ser uma luta diária de toda sociedade. Temos que dar um basta nos casos de violência contra mulher. Não podemos tolerar que o Mato Grosso do Sul continue com elevados índices de feminicídio, fruto também de uma cultura machista que deve ser melhor enfrentada pelas instituições e pela sociedade”, acrescentou.

Onde tentar ajuda em MS?

Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana.

Além da DEAM, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.

Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180, é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.

As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.

Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.

Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.

Eduardo Riedel (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

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