Números da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram um 2023 menos violento até então, com registros de feminicídio caindo 50% em Mato Grosso do Sul – e em 40% em Campo Grande – nos primeiros cinco meses deste ano.
Enquanto até maio de 2022 Mato Grosso do Sul já batia a marca de 18 feminicídios, neste ano – até então – apenas nove foram contabilizados.
Além da redução deste tipo de crime, outros registros de crime também caíram, sendo:
- Roubos seguidos de morte (-40%),
- Roubos de veículos (-22,4%),
- Furtos em residências (-19,3%),
- Furtos de veículos (-17,7%) e
- Roubos em residências (-13,5%).
Antônio Carlos Videira, secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, frisa que esse bom desempenho resulta da “qualidade da estrutura operacional” que os forças de segurança tem em mãos.
Para o secretário, ainda, até mesmo a capacitação e aprimoramento de alto nível dos policiais, influenciam na queda desses índices de criminalidade.
Roberto Gurgel Filho, delegado-Geral da Polícia Civil, confirma a fala de Videira, sinalizando que os investimentos em material; em pessoal, com contratação de novos efetivos; armamentos; viaturas; tecnologia; inteligência, contribuíram para esses bons números, conforme a Sejusp.
Quando lançado olhar sobre Campo Grande, observa-se queda em 10 dos 12 índices criminais monitorados pela Sejusp, sendo a maior redução de até 75% nos registros de roubos seguidos de morte.
Em seguida aparecem: feminicídios (-40%), furtos em residências (-31,2%), furtos de veículos (-22,7%), roubos em vias urbanas (-12%), roubos em geral (-11,3%), furtos em geral (-9,3%) e homicídios culposos no trânsito (-7,1%).
Interior e fronteira
Pelo interior, 11 dos 12 tipos de crimes também apontam queda, com os feminicídios caindo em quase cinquenta e quatro porcento (-53,8%), seguido de:
- Roubos de veículos (-36,7%),
- Roubos em geral (-18,5%),
- Roubos em vias urbanas (-15%),
- Roubos em residências (-9,5%),
- Homicídios culposos no trânsito (-8,8%),
- Homicídios dolosos (-8,2%) e
- Furtos de veículos (-7,5%).
Ainda na metade de maio, o secretário Municipal de Segurança Pública de Ponta Porã, Marcelino Nunes de Oliveira, já indicava esse padrão de redução da violência também na região de fronteira.
Conforme Nunes, as facções rivais na região, responsáveis por boa parte dos assassinatos na fronteira, estão “mais calmas”, sem qualquer enfrentamento significativo na guerra entre elas, ou pelas chefias do comando do submundo do crime.
Ali, na divisa entre Brasil e Paraguai, grupos agem no tráfico de drogas e de armas, além de veículos e nos crimes de descaminho e contrabando.
Everson Antonio Rozeni é coronel do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e, para ele, justamente a atuação no combate à esses crimes contribuíram para a redução da criminalidade na região de fronteira.
**(Com assessoria)
LEO RIBEIRO
Gerson Oliveira/ Correio do Estado