Gerson diz que obras das BRs-163, BR-267 e BR-060 em MS ficaram fora do PAC

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro (PP), considerou positivo o ato no qual o governo federal anunciou nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, importantes investimentos em obras de infraestrutura como parte do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). No entanto, fez críticas construtivas pelo fato de as mais importantes delas ficarem de fora do cronograma do programa.

“Embora tenham sido contempladas obras estratégicas em termos de logística com investimento direto da União, ficaram de fora obras como a duplicação da BR-163 e adequações na BR-267 (trecho Nova Alvorada do Sul/Bataguassu) e na BR-060 (Campo Grande /Sidrolândia/Jardim), que integrará o traçado da Rota Bioceânica, futura conexão de Mato Grosso do Sul com o Oceano Pacífico“, lamentou o deputado, que participou da cerimônia ao lado do governador Eduardo Riedel e parlamentares da bancada federal do Estado.

Na sua opinião, “sem recursos públicos, a duplicação da BR-163, que já é privatizada, vai penalizar a população com um valor proibitivo de pedágio”.

Gerson vê também como “inadiável” encontrar uma alternativa para viabilizar investimentos na malha oeste (também privatizada). A ferrovia liga Mato Grosso do Sul ao Porto de Santos.

Apesar disso das lamentações, o deputado avalia que o anúncio vai melhorar ainda mais as perspectivas da atração de novos investimentos em Mato Grosso do Sul.

Ainda durante o evento, foi feito o anúncio da destinação de R$ 44,7 bilhões no Estado, além da elaboração de estudos de projetos para serem executados em parceria com a iniciativa privada por meio de concessionárias privadas.

“Enxergo como positiva a disposição do Governo Federal de apostar nas concessões para viabilizar investimento em infraestrutura, modelo que Mato Grosso do Sul adotou com sucesso“, destaca Gerson, que não descarta também a alternativa da União ceder a gestão de rodovias federais como a BR-060 e a BR-267 para o Estado promover o processo de privatização via concessão.

Os investimentos 

Na área da infraestrutura e logística está previsto com o Novo PAC investimento no valor de R$ 15,7 bilhões, abrangendo melhorias nos aeroportos de Dourados, Campo Grande e Corumbá (já privatizados);

A implantação de um contorno rodoviário em Três Lagoas, conclusão da BR-419, ligando Aquidauana a Rio Verde de Mato Grosso, construção do acesso à ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, adequações da BR-267 e melhorias nas rodovias federais que cruzam por Dourados.

Na lista de investimentos também está a implantação de 482 quilômetros de linhas de transmissão de energia. Uma delas será de Ilha Solteira até Inocência, região onde será instalada uma fábrica de celulose.

Na área de saúde, a previsão é de que serão construídas novas unidades básicas de saúde, policlínicas, maternidades e compra de mais ambulâncias para melhorar o acesso a tratamento especializado. A promessa é investir até R$ 500 milhões no Estado.

A construção de creches, escolas de tempo integral e a modernização e expansão de Institutos e Universidades Federais também está entre as prioridades. O programa vai impulsionar a permanência dos estudantes nas escolas, a alfabetização na idade certa e a produção científica no Brasil. O investimento em Mato Grosso do Sul é de R$ 4,5 bilhões.

Outros R$ 300 milhões estão previstos para as áreas de cultura, esporte e lazer.

 

conjunturaonline

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