O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) discutiram nas redes sociais sobre o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), na sexta-feira (14).
Após o gaúcho anunciar que manterá as escolas cívico-militares em seu estado, o ex-parlamentar e campeão da quinta edição do Big Brother Brasil afirmou que não esperava essa atitude vinda de um governador homossexual e insinuou que Leite tem “homofobia internalizada” e “fetiches em relação ao autoritarismo”.
“Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!”, escreveu o baiano.
O governador gaúcho, que esteve nos Estados Unidos estudando sobre a economia verde enquanto o estado sofria com os efeitos de um ciclone extratropical, lamentou as acusações do petista e apontou “preconceitos em incontáveis direções”.
“Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wylles, eu lamento a sua ignorância”, afirmou Leite.
Pecin não é obrigação do MEC, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na sexta-feira (14), que “não é obrigação” do Ministério da Educação (MEC) cuidar de escolas cívico-militares, mas que os estados têm autonomia para decidir sobre o assunto.
“Ainda ontem, o Camilo [Santana, ministro da Educação] anunciou o fim do ensino cívico-militar porque não é obrigação do MEC cuidar disso. Se cada estado quiser criar, que crie. Se cada estado quiser continuar pagando, que continue. Mas o MEC tem que garantir a educação civil, igual para todo e qualquer filho de brasileiro ou brasileira. Então acreditem que o país mudou”, disse Lula.