A tradução da Lei Maria da Penha para o Guarani é um dos grandes avanços nas ações do Agosto Lilás no estado, como conta a deputada Mara Caseiro do PSDB na entrevista ao Direto Assunto da Rádio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A parlamentar destaca esse novo momento das ações que tem a parceria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Ministério Público entre outros órgãos governamentais e entidades não governamentais, como um marco para atender e conscientizar mulheres indígenas, que podem estar inseridas em contextos de violência. “Violência não é cultural”, enfatiza a parlamentar.
O Agosto Lilás é um mês dedicado a conscientização da Lei Maria da Penha, instituída pela Lei 4.069 de 2016 e também criou o programa “Maria da Penha vai à Escola” e nos anos seguintes foram incorporadas outras ações, como: Maria da Penha vai à Igreja, Maria da Penha vai ao Campo, Maria da Penha vai à Empresa, Maria da Penha vai à Aldeia, Maria da Penha vai ao Quilombo, Maria da Penha vai ao Bairro e Maria da Penha vai à Feira.
“O Agosto Lilás trouxe um advento de conscientização sobre os direitos das mulheres, a Lei Maria da Penha e dos meios e canais de denúncias, além de ter reforçado a rede de proteção e medidas protetivas com o uso de tornozeleira eletrônica e botão do pânico”, declarou. A parlamentar reforça a necessidade de denúncia para redução do feminicídio, “Entre as vítimas, 80% não tinham medidas protetivas”, enfatizou.
Mara Caseiro também falou sobre seu projeto recém apresentado na Casa de Leis que estabelece diretrizes para criação do programa de fortalecimento da saúde mental e do enfrentamento a violência psicológica entre mulheres, chamado de Wollying. O termo Wollying é a junção de duas palavras em inglês – woman, que significa mulher e bullying, que significa atos de agressão e intimidação repetitivos contra um indivíduo.
“O Wolling é a violência praticada entre mulheres, trazendo traumas psicológicos que podem ser irreversíveis. São críticas, piadas, coisas que podem parecer pequenas e acabam impactando a vida das mulheres”, diz Mara Caseiro.
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Serviço
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
Por: Lilian Veron Foto: Victor Chileno
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