O Ministério Público Estadual indiciou Aparecida Graciano de Souza, 61 anos, conhecida como “Matsunaga do Pantanal”, por matar e esquartejar o marido Antônio Ricardo Cantarin, 64 anos, em Selvíria.
Ela responderá por homicídio por motivo torpe, com emprego de veneno, mediante dissimulação e ocultação de cadáver.
Aparecida alegou ter matado o marido porque ele não a valorizava dizendo que ela o roubava. Durante interrogatório, ela confirmou que usou um veneno conhecido como “mão branca”, no dia 22 de maio.
A idosa disse que mentiu que era remédio, já que Antônio estava acamado após ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral).
A mulher passou o dia todo entrando no quarto para verificar o estado de saúde do companheiro e constatar se ele havia morrido, pois relembrou que sua irmã já havia tomado veneno e quase morreu.
Antônio, por conta das limitações e quadro de saúde frágil, morreu na noite daquela segunda-feira.
Ela cobriu o corpo com um lençol e foi dormir em outro cômodo. Conforme o boletim de ocorrência, a mulher disse estar “fria e sem sentimentos”, principalmente com outras pessoas.
No dia 23 de maio, ela esquartejou o cadáver, separando o tronco, cabeça e os outros membros. O cadáver começou a exalar forte odor na quarta-feira (24).
Aparecida colocou o tronco do marido em uma mala e chamou dois rapazes conhecidos para auxiliá-la a colocar a mala no carro.
Os homens estranharam o cheiro forte e a questionaram, tendo como resposta que ela havia colocado veneno de rato na casa e alguns animais mortos deveriam ter sido colocados por engano na mala cheia de retalhos.
A mulher deu carona para os homens e pagou R$ 30 pelo serviço. Ela foi até a BR-158, saída para Três Lagoas e empurrou a mala do veículo.
Por Diana Christie
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