Morre Castelo, ícone do chamamé em MS, aos 72 anos

A música sul-mato-grossense está de luto. Aos 72 anos, faleceu Antônio Rodrigues de Queiroz, famoso como Castelo, um dos artistas queridos de Mato Grosso do Sul. A causa da morte, ocorrida na noite deste domingo, ainda não foi informada.

Nascido em 12 de maio de 1951, em Três Lagoas, Castelo foi influenciado pela música desde cedo, observando seu irmão tocar e seu pai dançar catira. Foi em 1964 que ele deu os primeiros passos em sua carreira musical, formando uma dupla com Durvalino de Souza. Logo em seguida, atendendo ao convite de seu irmão Alex, uniram-se a Cidinho Castelo e formaram o Trio Serenata, o qual resultou na primeira gravação em disco de vinil.

Ao longo dos anos, Castelo fundou diferentes grupos musicais e projetos, deixando sua marca na música do Mato Grosso do Sul e além. Na década de 80, ele fundou o grupo “Os Filhos do Pantanal”, que conquistou reconhecimento e admiradores por todo o país. Além disso, Castelo formou a dupla Castelo e Mansão, que alcançou destaque com a composição “Garça Branca”.

Sua música transcendeu fronteiras e ele teve a oportunidade de se apresentar em diversos países, incluindo o Japão, onde residiu por um período, além da Argentina, Paraguai, Bolívia e diversas regiões do Brasil. Sua voz inconfundível e seu talento excepcional encantaram gerações, conquistando fãs fiéis ao redor do mundo.

Castelo também teve participações marcantes em programas de televisão, como o renomado “Viola, Minha Viola”, da TV Cultura de São Paulo, apresentado por Moraes Sarmento e Inezita Barroso. Sua presença carismática e talento musical cativaram o público e ajudaram a disseminar a riqueza da música sul-mato-grossense.

Castelo cantando ao lado de Delinha, outro ícone do chamamé que já partiu.

Ao longo de sua carreira, Castelo acumulou mais de 50 álbuns gravados em seu arquivo musical, o que demonstra sua dedicação incansável à arte e seu compromisso em compartilhar sua música com o mundo. Sua voz única e suas composições memoráveis continuam a encantar e emocionar pessoas de todas as idades.

Para os amigos, a partida de Antônio Rodrigues de Queiroz deixa uma lacuna profunda na música sul-mato-grossense e no coração de seus admiradores. “Sua voz inconfundível e talento excepcional encantaram gerações. Castelo deixou sua marca na música do Mato Grosso do Sul e levou seu nome para o Brasil e o mundo. Descanse em paz, querido amigo Castelo. Suas composições e músicas viverão para sempre”, publicou Marlon Maciel.

Amigo de longa data de Castelo, para Orivaldo Mengual o músico foi uma grandes expressões do chamamé no Estado. “Foi um grande apoiador dessa causa chamamezeira e que realizou grandes sonhos. É perda gigante para nossa cultura”, expressou.

Horário do velório e sepultamento ainda não foi divulgado até o momento.

 

CAMPOGRANDENEWS

THAILLA TORRES

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