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Municípios têm apoio de deputados que já foram prefeitos na luta por FPM maior

De acordo com a Assomasul, 49% dos municípios do Estado já estão com as contas no vermelho.

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Em discurso na tribuna da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), nesta quinta-feira (31), o deputado Junior Mochi (MDB) divulgou levantamento da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) de que, só no 1º semestre de 2023, 49% dos municípios do Estado já estão com as contas no vermelho.

“Se a situação persistir nos próximos meses, nos depararemos com algo a beira do caos”, resumiu Mochi. Para tanto, ele pede empenho dos parlamentares em apoiar a aprovação da PEC 25/2022, em tramitação no Congresso Federal, que aumenta em 1,5% a entrega de recursos pela União ao FPM (Fundo de Participação dos Municípios), a ocorrer no mês de março de cada ano.

Mochi explicou que o aumento do FPM de 23,5% para 25% vai contribuir para que os prefeitos arquem com as despesas mais essenciais, pois, dados da Assomasul ainda estimam que em julho o repasse foi 34% menor do que em julho do ano passado e em agosto 23% menor.

“Temos aqui vários deputados que já foram prefeitos e sabem que a receita do município, a maioria deles abaixo de 30 mil habitantes, vivem quase que na totalidade da cota do repasse do ICMS e do FPM. Alguns atingem aí, no máximo, 20% da sua receita com recursos de outros tributos como ISS, taxas, alvarás, etc. Não há município que faça milagre. Você faz aquilo que está previsto no orçamento, considerando a inflação, você administra no ano subsequente, mas terminando a pandemia há municípios gastando de 30% a 35% da sua receita com saúde para atender tudo que ficou represado”, explicou Junior Mochi, ex-prefeito de Coxim.

Para tanto, ele pediu que a Casa de Leis acompanhe e peça a agilidade na aprovação da PEC no Congresso Nacional, em apoio aos prefeitos.

A deputada Mara Caseiro (PSDB), que também já atuou como prefeita, na cidade de Eldorado, concordou com o aumento do repasse.

“Somo a esse apoio aos municípios, também tenho recebido pedidos dos prefeitos para que possamos estar juntos na busca de uma forma de apoiá-los nesse momento difícil. A despesa aumentou e a receita diminuiu. Fica difícil honrar os compromissos. Alguns disseram que tinham fundo de reserva, para quedas de receita, mas mediante a contínua queda foram usando o fundo para manter o compromisso e agora se sentem numa situação muito dificultosa e nós podemos chamar atenção do Governo Federal para que faça um aporte maior e o Congresso aprove a PEC. Precisamos ajudar, porque é ali no município que tudo acontece e que mora o cidadão”, finalizou Mara Caseiro.

 

Júnior Mochi (MDB) em discurso na tribuna (Foto: Luciana Nassar)

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