O regime do venezuelano Nicolás Maduro impediu nesta sexta-feira, 30, a conservadora de oposição María Corina Machado de concorrer às eleições presidenciais previstas para o ano que vem. As alegações são de suposta corrupção e apoio a um movimento de oposição venezuelano, apoiado pelos Estados Unidos, que usou sanções econômicas para tentar destituir Maduro.
A oposicionista já estava impedida desde 2015 pelo regime de deixar o país, quando a Controladoria a proibiu de exercer cargos políticos por 12 meses. O anúncio de sexta-feira aumentou a proibição para 15 anos.
Em pesquisas recentes, Machado, que vem de uma família rica de industriais, liderou um grupo de 14 candidatos à presidência de oposição antes das primárias de outubro, agendadas para escolher um único candidato presidencial.
Sondagem realizada em junho pela Caracas Poder y Estrategia apontou que Machado contava com o apoio de 57% dos entrevistados para a votação de outubro.
Mas ela ainda poderá participar das primárias, que são organizadas pela oposição independentemente do Conselho Nacional Eleitoral controlado pelo regime. Porém, a proibição de sexta-feira não permitirá que Machado enfrente o eventual candidato do regime, que se acredita ser Maduro. A data da eleição presidencial ainda não foi marcada.
Funcionários do governo Biden disseram repetidamente que o governo Maduro deve organizar eleições democráticas se querem que Washington suspenda as sanções contra funcionários do regime e a indústria petrolífera do país.
Fonte: Dow Jones Newswires.