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Operadores de pesca esportiva em rios do Pantanal propõem transporte zero ao PPA

Uma das propostas dos empresários associados à ACERT é a proibição do transporte intermunicipal do pescado pelo pescador esportivo

por Nathally Martins da Silva Bulhões

A ACERT (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo) apresentou várias propostas para o desenvolvimento e aprimoramento da atividade de pesca esportiva em Mato Grosso do Sul como sugestões ao PPA (Plano Plurianual) em elaboração pelo governo do estado, que iniciou a etapa de consultas junto à sociedade para definição das prioridades das políticas públicas e ações governamentais para o período 2024-2027.

Uma das propostas dos empresários associados à ACERT é a proibição do transporte intermunicipal do pescado pelo pescador esportivo. A grande maioria dos amantes da pesca esportiva que praticam esse esporte no Rio Paraguai, em Corumbá, já aderiu ao pesque e solte, incentivados pelos operadores dos barcos-hotéis. “O Estado estaria apenas criando uma lei para legitimar uma medida que já predomina no Pantanal”, afirma Luiz Martin, presidente da ACERT.

Outra proposta da entidade é a institui de um grupo de trabalho que envolva todos os atores públicos e privados para a construção de uma política estadual da pesca esportiva, que garanta tanto a preservação do meio ambiente quanto o desenvolvimento econômico e social dos municípios envolvidos nesta prática. Bem como, estimular a prática da pesca sustentável no Estado, por meio do pesque e solte, através de campanhas de publicidade.

Capacitação e crédito

Outra medida sugerida ao PPA é a instituição do Seguro Defeso (no período da Piracema) aos trabalhadores envolvidos diretamente no turismo de pesca esportiva. Também reivindica cursos de qualificação para os colaboradores do turismo de pesca esportiva, abordando temas como: qualidade no atendimento, condução turística, criação e desenvolvimento de passeios, melhoria da estrutura dos equipamentos, comunicação e apresentação dos passeios, segurança.

Estes cursos se estenderiam aos condutores de pesca esportiva (guias de pesca), na modalidade pesque e solte, abordando temas como: atendimento e hospitalidade, noções de meio ambiente e sustentabilidade, pesca esportiva pesque e solte, noções e técnicas para primeiros socorros, empreendedorismo e políticas públicas das três esferas. A capacitação proposta envolveria as crianças e jovens com oficinas de pesca infanto-juvenil com ênfase à educação ambiental.

Outras propostas apresentadas pela ACERT: 

1. Adequar e divulgar linhas de créditos dos entes financiadores do turismo, com a promoção de encontros de negócios entre empreendedores e agentes financeiros para acesso a linhas de financiamento mais atrativas;

2. Apoio na obtenção da permissão/regulamentação para a prática da pesca esportiva (pesque e solte), na zona de amortecimento de parques e RPPNs no Pantanal;

3. Promover o desenvolvimento sustentável das populações ribeirinhas ao longo do rio Paraguai, com prioridade para o combate à pobreza e para a melhoria das condições de vida, com foco na capacitação para a inserção na atividade do turismo;

4. Apoio na reestruturação (física e readequação do uso) da orla portuária de Corumbá;

 

Corumbá (MS)

Por Silvio de Andrade

conjunturaonline

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