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Polícia investiga se onças são cevadas para selfies e vídeos com turistas no Pantanal

A prática consiste em alimentar o animal para que ele se habitue com a presença humana. A Polícia Militar Ambiental fez o alerta após onças serem avistadas constantemente

por Nathally Martins da Silva Bulhões

A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul (PMA-MS), realiza uma investigação após vários avistamentos de onças-pintadas na região pantaneira de Miranda (MS) circularem nas redes sociais. Nas imagens é possível ver os animais, que são habituados com a presença humana, esperando serem alimentados.

Ao g1, a capitã Thamara Moura, explicou que os animais estão sendo “cevados”, ou seja, alimentados por pessoas com frequência para interesses turísticos. A especialista diz que a ação é criminosa e traz riscos para as pessoas, assim como para o animal.

A prática de ceva é considerada um crime ambiental e ato de maus tratos animal, quem pratica a ação pode cumprir de três a um ano de detenção, além de pagar multa. Em um registro feito pela PMA, os agentes alertam sobre o risco e demonstram como uma onça já aparece habituada com a presença de pessoas.

Para evitar a prática criminosa, a PMA tem realizado monitoramento da região com ajuda de drones.

Ceva

Segundo a Associação Onçafari, a ceva consiste em oferecer comida para atrair animais selvagens e facilitar encontros com turistas. A prática diminui a distância de conforto das onças-pintadas com os seres humanos e elas começam a chegar cada vez mais perto.

A onça pode ficar dependente dessa relação e deixar de caçar ou procurar alimento de forma natural.

Em 2015, Mato Grosso do Sul estabeleceu a proibição da alimentação ou ceva de mamíferos silvestres de médio e grande porte em vida livre para atrair e aumentar a chance de observação ou garantir sua permanência em determinada localidade.

Thais Libni/ g1 MS

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