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PP aprova formação de federação com União Brasil e partido vai ficar com comando no Mato Grosso do Sul

por Nathally Martins da Silva Bulhões

O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI) confirmou que o partido aprovou dar sequência às tratativas para formar federação com o União Brasil.

“Em reunião convocada pela presidência do Progressistas para consultar a Executiva Nacional sobre a formação de federação partidária com o União Brasil, após intensa discussão, deputados federais, senadores e presidentes de diretórios estaduais decidiram, por unanimidade, dar pleno aval à presidência do partido para prosseguir as tratativas no sentido de consolidar a criação da federação”, escreveu o senador em uma publicação nas redes sociais.

Agora, resta ao União Brasil deliberar sobre sua posição. Já havia consenso entre os presidentes das duas siglas, mas, internamente, o assunto ainda estaria sendo avaliado.

No início das negociações, ainda no ano passado, a eventual federação contaria com o Republicanos. A sigla decidiu, no entanto, não seguir nas discussões. Agora, o partido costura a possibilidade de uma fusão com o PSDB.

Caso a federação entre PP e União Brasil se concretize, o grupo político será o maior da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, ultrapassando o PL, de Jair Bolsonaro, atual maior bancada. No Senado, as bancadas do Progressistas e do União totalizam 13 senadores.

Mato Grosso do Sul

O desenho político da federação em nível nacional prevê gestão compartilhada entre os partidos em nove estados, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. No entanto, em outros nove estados, incluindo Mato Grosso do Sul, o PP terá o controle.

A nova federação deve lançar candidatos em todas as disputas estaduais e federais em MS, incluindo a chapa majoritária para o governo e uma candidatura ao Senado, que se somaria à reeleição de Tereza Cristina em 2031.

A formalização ainda depende da decisão final do União Brasil, que realizou reunião nesta terça-feira, mas ainda não bateu o martelo sobre a adesão. Segundo a Folha de S. Paulo, a avaliação dentro do partido é de que a federação traria ganhos estratégicos, como aumento do fundo eleitoral, mais tempo de televisão e maior capacidade de montar chapas competitivas em diversos estados.

No desenho proposto, o PP comandaria, além de MS, os estados do Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. O União Brasil, por sua vez, ficaria com o comando no Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.

A federação é um modelo recente na política brasileira, no qual dois ou mais partidos atuam de forma unificada por pelo menos quatro anos, funcionando como uma só legenda dentro do Legislativo e nas eleições.

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