Com demanda enfraquecida e oferta crescente, os preços da celulose enfrentam pressão negativa. Segundo análise do Bradesco BBI, os aumentos propostos para junho na China foram retirados. No entanto, os analistas não esperam um declínio acentuado dos preços.
Na Europa, os preços da celulose se mantiveram estáveis na última semana, conforme o BBI. Os valores da madeira dura se estabilizaram após semanas de alta. “Olhando para o futuro, embora reconheçamos que atingimos o pico do ciclo, não esperamos ver uma deterioração acentuada nos preços da celulose nas principais regiões”, afirmou a análise.
Além das mudanças na China, a análise da XP considerou positiva a desistência da aquisição da International Paper pela Suzano. “Vemos isso como uma notícia positiva no curto prazo, pois reduz a incerteza relacionada a uma potencial sobre-oferta e alivia as preocupações em relação ao aumento da alavancagem resultante do eventual negócio”, afirmaram os analistas.
Para as principais empresas do setor, os resultados do segundo trimestre devem refletir os preços mais altos até agora. O Itaú BBA projeta um aumento de 27% no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITIDA) para a Suzano, refletindo uma alta de quase US$ 80 por tonelada nos preços de celulose. A Klabin também deve apresentar aumento similar, com projeção de alta de 21% no EBITIDA, impulsionada por preços e volumes maiores.