Por Natália Olliver
Magnólia Marques Fogaça, 1° vereadora de Ribas do Rio Pardo, município a 98 quilômetro de Campo Grande, morreu nesta sexta-feira (25), aos 102 anos. Ela estava debilitada devido a uma pneumonia não especificada e insuficiência respiratória aguda. A ex-parlamentar passou mal e foi levada ao hospital municipal, mas não resistiu. O velório acontece no Ginásio de Esportes da Cidade até às 10h, quando o corpo será sepultado.
Ela completou 102 anos no início deste mês, dia 13 de outubro. O primeiro mandato dela foi em 1944, junto com a emancipação política da cidade. O segundo veio alguns anos depois, em 1959. De lá pra cá o nome não consta mais no histórico de candidaturas e gestão da Câmara dos Vereadores de Ribas do Rio Pardo, mas a ex-parlamentar fazia presença na Casa de Leis.
A rádio comunitária local, Próprio 98,5 FM, postou uma nota de pesar sobre a partida de Magnólia e afirmou que ela era uma figura emblemática na comunidade e estava sempre engajada em causas sociais.
“Dona Magnólia não apenas viveu um século, ela fez história ao ser a primeira mulher a integrar a Câmara de Vereadores da cidade logo após sua emancipação. Casada com Vitorino Marques Gomes, Dona Magnólia deixa um legado que transcende gerações. Mãe de Gilberto e Geraldo Fogaça, ambos notáveis em nossa sociedade, ela também adotou três filhas do coração: Maria José, Anália e Maria Jeni”.
Magnólia no aniversário de 99 anos, em Ribas do Rio Pardo (Foto: Rodrigo dos Santos)
Na cidade, ela era conhecida carinhosamente como “Magoia”. A nota ainda acrescenta que Magnólia sempre acreditou no município e lutou por todos. “Sua generosidade e amor marcaram a vida de muitos que tiveram a sorte de conhecê-la. Seu espírito aguerrido e sua dedicação à comunidade sempre serão lembrados”.
Alkém da vida política, a ex-vereadora foi parteira, professora, empreendedora, empresária e conselheira. Em 2021 ela foi saudada pelos vereadores em exercício no ano e convidada a fazer fotos na Mesa Diretora e na Sala da Presidência. No ano, ela disse que a diferença entre os tempos eram ‘gritantes’ e que ficava feliz em estar ali. Na ocasião, ela se emocionou ao ver que o local recebe o nome do filho falecido e ex-vereador Gilberto Fogaça.
“Fico muito feliz pelo convite de estar aqui hoje. No meu tempo era muito difícil, pois a gente não tinha suporte. Tudo era novidade. Isso foi em 1944, era outra época”, disse a ex-vereadora. Além desta, Magnólia já recebeu outras homenagens na Casa de Leis.
A reportagem entrou em contato com familiares, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
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