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Projeto reforça política estadual de enfrentamento ao tráfico de pessoas

Em tramitação na Assembleia Legislativa de MS, proposta é de autoria do deputado Gerson Claro (PP), presidente da Mesa Diretora da Casa.

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Mato Grosso do Sul terá um Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas vinculado à Defensoria Pública. O Núcleo contará com  profissionais de Direito, Assistência Social e Psicologia, para atender as vítimas e atuar na capacitação da rede de apoio estruturada  no âmbito da Assistência.

Para reforçar a nova política pública, começou a tramitar o projeto lei 140/2023, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa , deputado Gerson Claro (PP), que cria a Campanha Coração Azul, a ser realizada anualmente dia  30 de julho.

Nesta data serão promovidas  “ações educativas com a finalidade de encorajar a sociedade a participar do enfrentamento ao tráfico de pessoas, despertando o sentimento de solidariedade a partir dos seguintes temas: I – prevenção e repressão ao tráfico de pessoas; II – proteção e auxílio às vítimas do tráfico de pessoas”.

O deputado afirma que “é fundamental a conscientização da sociedade sobre a existência e a gravidade desse crime, que muitas vezes é invisibilizado ou naturalizado”.

Mato Grosso do Sul será o segundo estado do País  a instituir essa campanha que foi sugerida pela Coordenadora  de Direitos Humanos da Secretaria  de Justiça do Paraná onde a mobilização  existe há 11 anos ” Conforme levantamento da  Coordenadoria paranaense, 30% das pessoas vítimas  desta modalidade de tráfico atendidas lá, vem de Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina”, explica o deputado.

Há duas semanas, Gerson recebeu em seu gabinete a coordenadora de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Justiça do Paraná, Silvia Cristina, acompanhada da advogada Cristiane Viegas, do Comitê Estadual  do Tráfico de Pessoas .

De acordo com a coordenadora, Mato Grosso do Sul por ter fronteira seca com dois países (Bolívia e Paraguai) é um ponto de passagem para vítimas de exploração sexual, crianças adotadas irregularmente ou trabalhadores submetidos à condições análogas à escravidão.

A advogada revela  que o crime de “tráfico de pessoas é considerado a terceira maior atividade ilícita do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o de armas”.

conjunturaonline

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