Projetos da Suzano para construção de ferrovias em MS podem não sair do papel

Com três autorizações da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para construir ferrovias em Mato Grosso do Sul, a Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, mantém seus projetos engavetados e sinalizou uma incerteza em relação a esses investimentos bilionários.

De acordo com os projetos, a companhia investiria R$ 1,27 bilhão para construir e administrar por 99 anos uma linha férrea de 136 quilômetros que conectaria o município de Três Lagoas (MS) a Aparecida do Taboado (MS) e um ramal ferroviário de 24,7 quilômetros na área urbana de Três Lagoas.

Além disso, também seriam construídos 231 quilômetros de ferrovia ligando Ribas do Rio Pardo (MS) a Inocência (MS), com investimentos de R$ 1,6 bilhão, com a concessão de 99 anos, prorrogáveis pelo mesmo período.

Contudo, esses valores já estão defasados, conforme estimativa da chilena Arauco, que em julho iniciou a construção de uma fábrica de celulose em Inocência, onde será necessário investir cerca de R$ 800 milhões para construir um ramal de 47 quilômetros na mesma região.

Já no trecho de Três Lagoas até Aparecida do Taboado – por onde passa a mesma ferrovia – seria necessário construir outros 160 quilômetros, com investimento inicial estimado em R$ 1,44 bilhão.

INCERTEZA

Questionada sobre os prazos para execução desses projetos, já que a nova fábrica de celulose da companhia, em Ribas do Rio Pardo está prestes a ser concluída, a Suzano não confirmou se os projetos sairão do papel.

“A Suzano trabalha constantemente na busca por melhores soluções para o escoamento da produção de suas unidades, que integrem inovação e boas práticas ambientais. Atualmente, a empresa já atua com as soluções rodoferroviárias para escoar sua produção de Mato Grosso do Sul, que se mostram mais econômicas e de menor impacto ambiental”, afirmou a empresa.

“O modal ferroviário também garante maior segurança nas operações de escoamento da produção da companhia. Dessa forma, após a assinatura dos contratos junto à ANTT, a empresa aprofundará os estudos técnicos para definir sobre a implantação dos novos ramais ferroviários no estado”, complementou a Suzano.

A partir dessas afirmações, pode-se concluir que apesar das autorizações da ANTT, a Suzano ainda está em dúvida em relação à construção das novas ferrovias em Mato Grosso do Sul.

Portal Celulose

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