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Reforma tributária: audiência pública na Assembleia aprofunda debate iniciado pela Fiems

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Aprofundar os debates em torno das propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso Nacional. Esse foi o objetivo da audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (08/05). O evento contou com a participação de representantes do setor industrial, além de prefeitos, vereadores, secretários estaduais e parlamentares das bancadas estadual e federal.

Proposta pelos deputados Paulo Corrêa e Pedrossian Neto, a audiência discutiu os impactos da eventual aprovação da reforma tributária e os principais pontos de interesse para Mato Grosso do Sul. O chefe de gabinete da presidência da Fiems, Robson Del Casale, lembrou que o evento é um desdobramento dos debates iniciados há um mês pela entidade.

“A Fiems está presente na Assembleia Legislativa para dar continuidade a uma discussão que começou na Casa da Indústria, por iniciativa do presidente Sérgio Longen. Na Assembleia, o debate se ampliou democraticamente, para que a gente possa ouvir o ponto de vista do Estado, dos tributaristas, mas também para que a gente possa defender o ponto de vista da indústria, da competitividade e do setor empresarial”, declarou Del Casale.

O deputado estadual Paulo Corrêa destacou a vocação democrática da Casa de Leis em contribuir para o debate público. “Nós ouvimos prefeitos, vereadores, lideranças empresariais e pessoas interessadas, que veem que Mato Grosso do Sul está em franco desenvolvimento, e de repente está se criando uma reforma tributária que vá frear esse desenvolvimento. A gente não pode ser a favor disso. Estamos formatando um documento a partir desta reunião e, em cima disso, trabalhar politicamente para formar a opinião de quem vota, com todo respeito ao mandato dos deputados federais e senadores eleitos”, disse Corrêa.

Em palestra, economista-chefe da CNI detalha benefícios da reforma tributária

Entre os convidados para palestrar na audiência pública, esteve o economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mario Sergio Carraro Telles. Em sua exposição, Telles explicou as principais características dos novos tributos previstos nas Propostas de Emenda à Constituição (PEC), bem como as regras de transição para estados e municípios em caso de aprovação da reforma tributária no Congresso Nacional.

O economista argumentou que a reforma trará benefícios para a economia brasileira, como a redução dos custos de produção, o ganho de competitividade e a simplificação da vida das empresas.

“O novo tributo é mais simples, em que as empresas não vão ter muitas dúvidas sobre o que dá direito ou não a crédito. A simplificação também reduz litigiosidade. Outro ponto é a redução do resíduo tributário. Ao exportar ou ao competir com o importado aqui dentro do nosso mercado, a indústria chega com 7% de tributo que ficou ao longo da cadeia produtiva e que não foi creditado. A reforma elimina essa desvantagem. Um terceiro ponto é que hoje as empresas acumulam muitos créditos que os governos estaduais e o governo federal não devolvem. Esse dinheiro é direito das empresas. A reforma tem um mecanismo que garante essa devolução de forma rápida”, resumiu.

 

sfiems.com.br

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