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Suzano lidera o ranking do setor de papel e celulose na lista Valor 1000

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Portal Celulose

A Suzano, uma das líderes globais no setor de papel e celulose, celebra seu centenário em 2024. Fundada em 1924 por Leon Feffer, um imigrante ucraniano, a empresa evoluiu de uma pequena loja de papéis para uma gigante da indústria. Sua trajetória é marcada por uma visão estratégica e adaptabilidade, o que a posicionou como a vencedora do ranking setorial de papel e celulose do Valor 1000.

ESTRUTURA OPERACIONAL E GESTÃO FINANCEIRA

Atualmente, a empresa divide suas operações entre papel e embalagens, que contribuem com cerca de 20% da receita, e celulose, que representa cerca de 80%. A companhia se destaca por sua gestão financeira focada na eficiência e na redução do custo de produção.

Segundo Leonardo Grimaldi, vice-presidente-executivo comercial, logística e celulose da Suzano, a estratégia é maximizar lucros nos ciclos de alta e navegar com sucesso nos períodos de baixa do mercado. “A gestão financeira e os planos futuros são sempre focados em eficiência e na redução do custo de caixa de produção. Tudo é pensado para que a empresa gere valor em qualquer ponto da curva de preços da celulose”, afirmou.

DESAFIOS DE 2023 E RECUPERAÇÃO EM 2024

O ano de 2023 foi desafiador para a Suzano, com uma queda de 20% na receita líquida, totalizando R$ 39,75 bilhões, e uma retração de 34% no Ebitda, que chegou a R$ 19,5 bilhões. O lucro líquido caiu para R$ 14,10 bilhões, comparado aos R$ 23,39 bilhões de 2022. A redução dos preços da celulose, que caiu de quase R$ 4 mil para R$ 3 mil por tonelada, e o impacto de novos projetos no Chile e no Uruguai contribuíram para esse cenário.

No entanto, a gigante da celulose mostrou recuperação no segundo trimestre de 2024, com um aumento de 25% na receita e de 60% no Ebitda ajustado em comparação ao mesmo período de 2023.

A empresa enfrentou desafios com a variação cambial e impactos de operações de derivativos, mas a produção de papel na Europa e a oferta global de celulose apresentaram sinais de recuperação. A celulose atingiu R$ 3,6 mil por tonelada no segundo trimestre.

PROJETO CERRADO E FUTURO

O destaque da Suzano é o Projeto Cerrado, o maior investimento da empresa, que totaliza R$ 22,2 bilhões, levou 30 meses para ser construído e começou a operar em julho deste ano. A unidade situada em Ribas do Rio Pardo (MS) terá capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, aumentando a competitividade no mercado. A planta é autossuficiente em energia renovável e possui equipamentos modernos, com um raio médio de plantação de menos de 65 quilômetros, reduzindo significativamente os custos logísticos.

“O Projeto Cerrado representa o menor custo de caixa da Suzano e será responsável por mais de 20% da capacidade total quando estiver rodando plenamente. Assim, irá contribuir para trazer a média de custo da empresa ainda mais para baixo”, comentou Grimaldi.

Além disso, a Suzano continua investindo na modernização de suas unidades em Aracruz (ES) e Jacareí (SP), além de destinar 1% de sua receita anual a projetos de pesquisa e desenvolvimento, como a produção de celulose fluff para fraldas e celulose microfibrilada (MFC) para a construção civil. A empresa também mantém seu compromisso com metas de sustentabilidade para os próximos anos.

“Temos um compromisso público de entregar dez milhões de toneladas de produtos renováveis em substituição a produtos fósseis até 2030”, destacou Fernando Bertolucci, vice-presidente de inovação e sustentabilidade da Suzano

Com sete centros de tecnologia e uma ampla rede de parcerias e colaborações, Suzano se posiciona como um líder na bioeconomia e na indústria de celulose.

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