De acordo com a pesquisa “Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2022)”, recentemente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, a produção primária florestal no Brasil cresceu 11,9%, atingindo o valor recorde de R$ 33,7 bilhões. Esse foi o terceiro ano seguido de alta. Contudo, apesar do forte ritmo de expansão se manter em alta, foi inferior ao de 2021, com 27,1%.
No Brasil, cerca de 4.884 municípios desenvolvem alguma atividade de produção florestal, seja de silvicultura ou de extração vegetal. Em 2022, a silvicultura foi responsável por 81,5% do valor da produção florestal no país. O valor gerado pela atividade registrou crescimento de 14,9%, com R$ 27,4 bilhões.
Segundo Carlos Alfredo Barreto Guedes, gerente da pesquisa do IBGE, o crescimento da silvicultura nos últimos anos foi impulsionado pela pandemia, que aumentou a demanda por papel e celulose.
“Até 2019, o valor de produção não vinha aumentando tanto. Com a pandemia, houve aumento da procura por papel e celulose. Com isso, o valor de produção aumentou bastante, assim como a produção. De 2020 para cá vem com um crescimento bem forte desse setor na economia”, afirmou Guedes.
Ainda segundo o levantamento, o valor da produção de madeira em tora destinada à produção de papel e celulose cresceu 25,5% em 2022, para R$ 9 bilhões, após crescimento de 24,4% no ano anterior.
Do total, 27,3% do valor da produção da silvicultura no Brasil é gerado em Minas Gerais, que atingiu R$ 7,5 bilhões no ano passado. Com isso, o estado se tornou o maior produtor de madeira em tora para papel e celulose, respondendo por 16,3% da produção nacional.