Quem afirma é Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc): Mato Grosso do Sul está estruturado com espaço físico e outras condições para mais três megainvestimentos em fábricas de celulose. A segurança de Jaime Verruck repercutiu com vigoroso otimismo nos meios governamentais e empresariais que participaram do webnário “Futuro da Indústria da Celulose”, ministrado a investidores do Brasil e do exterior.
No evento, promovido pelo Itaú BBA, Verruck disse “que a previsão de mais três plantas processadoras de celulose inclui as já planejadas linhas da Eldorado Celulose, em Três Lagoas, com uma capacidade de produção calculada em 2,3 milhões de toneladas por ano, e da Arauco, em Inocência fábrica que poderia gerar 2,5 milhões de toneladas anuais de celulose. Hoje, a capacidade instalada de produção é de 4,9 milhões de toneladas anuais nas três linhas (duas da Suzano, em Três Lagoas) e outra da Eldorado’.
Verruck destacou “os impressionantes ganhos sociais e econômicos que este setor empresarial vem acrescentando ao Estado”
Com inauguração agendada para este ano, o mapa de investimentos inclui o Projeto Cerrado, da Suzano, em Ribas do Rio Pardo. Com ela, o volume de produção crescerá para mais de 7,8 milhões de toneladas. Já para 2028é aguardada a primeira linha da Arauco, em Inocência, com capacidade de processamento anual de 2,5 milhões de toneladas de celulose. Calcula-se que cada planta processadora de 2,5 milhões de toneladas de celulose gira uma demanda US$ 3 bilhões em investimentos ( cerca de R$ 15 bilhões).
EMPREGOS E RECEITA
Verruck destacou “os impressionantes ganhos sociais e econômicos que este setor empresarial vem acrescentando ao Estado, tanto na geração de novos empregos como no fortalecimento das receitas locais e nas melhorias de infraestrutura das cidades”. A base florestal de eucalipto em Mato Grosso do Sul representa 4% da área total plantada na região, que tem 36 milhões de hectares. O maior segmento ainda é a pastagem para a pecuária, que ocupa 49% desse total ou 18 milhões de hectares.
Para acelerar a expansão do mercado da celulose falta distensionar o maior gargalo do setor: a logística, opina Verruck. Ele referiu-se ao esforço gigantesco e aos avanços do governo estadual na plena capacitação da malha viária. As rodovias estaduais somam 15 mil km e 900 novas estradas seguem em estudo de pré-viabilidade. Mencionou também citou a Rota Bioceânica, com a confiante observação: Mato Grosso do Sul é privilegiado, no que se refere a hidrovias e ferrovias. São três vias férreas, prontas, projetadas ou em revitalização), conectadas aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
A Suzano, em Três lagoas: indicador de bons negócios da indústria da celulose, segundo Verruck (Foto Instagram)
Por Geraldo Silva